Kerry faz visita surpresa ao Afeganistão
O secretário dos EUA deve se reunir com o presidente afegão em meio à tensão gerada pelas críticas lançadas contra a presença militar americana no país
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 12h33.
Cabul - O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou na tarde desta segunda-feira a Cabul para uma visita surpresa, com o objetivo de apaziguar as tensões entre os dois países, no momento em que negociam uma parceria estratégica de longa duração.
O avião de Kerry, que realiza sua primeira visita ao Afeganistão desde que assumiu o cargo de secretário de Estado em janeiro, pousou no início da tarde em Cabul.
Ele deve se reunir com o presidente afegão, Hamid Karzai, em meio à tensão gerada pelas críticas lançadas por este último contra a presença militar americana no país, apesar do apoio fornecido por Washington desde 2001.
Mais de 11 anos após o afastamento dos talibãs do poder, a força internacional iniciou sua retirada do Afeganistão e a transferência da responsabilidade à polícia e ao exército local pelos confrontos com os insurgentes, que deve ser concluída até 2014.
Um integrante da delegação disse à imprensa que Kerry "deixará claro que os Estados Unidos terão um compromisso duradouro com o Afeganistão, que irá para além da transição e que sempre haverá sobressaltos no caminho".
No início de março, Karzai, cujo mandato à frente do país termina em 2014, deu a entender que os rebeldes do Talibã, inimigo comum de Cabul e Washington, eram aliados objetivos das tropas americanas.
Ele sugeriu que a persistência dos rebeldes poderia servir de pretexto aos Estados Unidos para justificar sua prolongada ocupação do país.
Estas declarações foram criticadas por seus aliados ocidentais. O chefe da força da Otan no Afeganistão, o general americano Joseph Dunford, advertiu que esta atitude poderia provocar o aumento dos ataques contra as tropas da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos.
Segundo o membro da comitiva de Kerry, os americanos querem "apagar este incidente" e continuar a focar seus esforços em encontrar a melhor maneira de trabalhar em conjunto com o governo afegão.
Washington e Cabul negociam, paralelamente à transição, um acordo de parceria estratégica que deve definir as modalidades da presença americana após o fim das operações das forças internacionais, uma questão muito sensível em um país historicamente alérgico a toda invasão estrangeira prolongada.
"Os problemas ligados à soberania são difíceis a resolver. Mas o mais importante é sermos honestos uns com os outros, principalmente quando há divergências entre nós", acrescentou o americano.
Uma das maiores dificuldades nas relações bilaterais foi resolvida poucas horas antes da chegada de Kerry, quando foi realizada a cerimônia de transferência integral da responsabilidade pela controversa prisão de Bagram às autoridades locais.
Cabul - O secretário de Estado americano, John Kerry, chegou na tarde desta segunda-feira a Cabul para uma visita surpresa, com o objetivo de apaziguar as tensões entre os dois países, no momento em que negociam uma parceria estratégica de longa duração.
O avião de Kerry, que realiza sua primeira visita ao Afeganistão desde que assumiu o cargo de secretário de Estado em janeiro, pousou no início da tarde em Cabul.
Ele deve se reunir com o presidente afegão, Hamid Karzai, em meio à tensão gerada pelas críticas lançadas por este último contra a presença militar americana no país, apesar do apoio fornecido por Washington desde 2001.
Mais de 11 anos após o afastamento dos talibãs do poder, a força internacional iniciou sua retirada do Afeganistão e a transferência da responsabilidade à polícia e ao exército local pelos confrontos com os insurgentes, que deve ser concluída até 2014.
Um integrante da delegação disse à imprensa que Kerry "deixará claro que os Estados Unidos terão um compromisso duradouro com o Afeganistão, que irá para além da transição e que sempre haverá sobressaltos no caminho".
No início de março, Karzai, cujo mandato à frente do país termina em 2014, deu a entender que os rebeldes do Talibã, inimigo comum de Cabul e Washington, eram aliados objetivos das tropas americanas.
Ele sugeriu que a persistência dos rebeldes poderia servir de pretexto aos Estados Unidos para justificar sua prolongada ocupação do país.
Estas declarações foram criticadas por seus aliados ocidentais. O chefe da força da Otan no Afeganistão, o general americano Joseph Dunford, advertiu que esta atitude poderia provocar o aumento dos ataques contra as tropas da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos.
Segundo o membro da comitiva de Kerry, os americanos querem "apagar este incidente" e continuar a focar seus esforços em encontrar a melhor maneira de trabalhar em conjunto com o governo afegão.
Washington e Cabul negociam, paralelamente à transição, um acordo de parceria estratégica que deve definir as modalidades da presença americana após o fim das operações das forças internacionais, uma questão muito sensível em um país historicamente alérgico a toda invasão estrangeira prolongada.
"Os problemas ligados à soberania são difíceis a resolver. Mas o mais importante é sermos honestos uns com os outros, principalmente quando há divergências entre nós", acrescentou o americano.
Uma das maiores dificuldades nas relações bilaterais foi resolvida poucas horas antes da chegada de Kerry, quando foi realizada a cerimônia de transferência integral da responsabilidade pela controversa prisão de Bagram às autoridades locais.