Kerry faz visita surpresa a Bagdá
Secretário de Estado americano deverá se reunir com as novas autoridades iraquianas e abordar a luta contra o Estado Islâmico
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2014 às 06h33.
Bagdá - O secretário de Estado americano, John Kerry , chegou nesta quarta-feira a Bagdá para se reunir com as novas autoridades iraquianas e abordar a luta contra o jihadista Estado Islâmico (EI), informou a televisão oficial "Al-Iraquiya".
A visita não anunciada começou a tour de Kerry pela região - ele viajará também para Jordânia e Arábia Saudita - para captar apoios à aliança que os Estados Unidos estão formando para combater o EI.
Em Bagdá kerry deve se reunir com o novo chefe de governo, Haidar al Abadi, e com o ministro das Relações Exteriores, Ibrahim al-Jaafari.
Há apenas dois dias, o parlamento iraquiano aceitou a maioria dos ministros propostos por Al Abadi, que tentou formar um governo integrado por representantes de várias correntes para acabar com a divisão política, o que foi elogiado por Washington.
Entre os vice-presidentes se destaca o primeiro-ministro em fim de mandato, o xiita Nouri al-Maliki, que após fortes pressões cedeu o cargo mês passado a Abadi.
O parlamento deu sinal verde também ao programa do governo de Abadi, que insistiu na necessidade de obter apoio internacional para combater o EI.
Este apoio internacional é o que também os EUA querem. O país começou com bombardeios aéreos em território iraquiano contra posições dos jihadistas em 8 de agosto.
Kerry viajará após sua escala em Bagdá para a Jordânia e a Arábia Saudita, para continuar a construir a coalizão mundial contra o EI.
Na cidade saudita de Jidá ele se reunirá amanhã, quinta-feira, com os representantes de Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia.
A coalizão para lutar contra o EI será a "mais ampla possível" e pode durar "meses ou inclusive anos", explicou Kerry antes de iniciar a viagem.
No domingo os ministros árabes de Relações Exteriores decidiram elevar para máximo o nível de coordenação para enfrentar o jihadismo do EI, sem mencionar de forma explícita a aliança ambicionada pelos EUA.
O EI proclamou um califado islâmico nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle.