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Justiça francesa investiga fundo que foi presidido por DSK

A justiça abriu investigação por uma denúncia de ex-acionista de um fundo que contava entre seus administradores com o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn (FRANCOIS GUILLOT/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 23h40.

A justiça francesa abriu uma investigação preliminar por uma denúncia de fraude apresentada por um ex-acionista de um fundo de investimentos em bancarrota que contava entre seus administradores com o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn .

A denúncia, apresentada no fim de junho por um ex-acionista da firma de investimentos LSK, se refere a infrações cometidas em Luxemburgo, Chipre e Mônaco.

A Promotoria abriu a investigação preliminar em 28 de julho e agora pode ordenar uma instrução, citar as pessoas mencionadas ou arquivar o caso, indicaram nesta sexta-feira as fontes judiciais.

Nos últimos quatro anos, Strauss-Kahn teve que enfrentar problemas legais relacionados com escândalos sexuais, que o obrigaram a abandonar o FMI e a renunciar suas ambições políticas. Até o início dos escândalos, Strauss-Kahn era apontado como favorito pelo Partido Socialista para a eleição presidencial de 2012.

Jurisdição questionada

O Ministério Público deverá resolver em primeiro lugar se a justiça galesa está habilitada a tratar denúncias sobre supostas fraudes cometidas no exterior.

O advogado do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) questiona essa competência, segundo uma fonte próxima ao caso.

Mas o denunciante, Jean-François Ott, ex-presidente de uma imobiliária em Luxemburgo, pode alegar que dos quatro administradores da LSK -Strauss-Kahn, outros dois homens e uma mulher- dois são de nacionalidade francesa; ou que a sociedade LSK negociava suas ações na Euronext, que tem sede em Paris.

A investigação deverá determinar se Strauss-Kahn tinha um cargo na LSK, o que seu advogado nega.

Ott afirma ter investido 500.000 euros no capital da LSK, com base na informação de que a situação financeira da empresa não correspondia à realidade.

Por isso, no dia 30 de junho foi apresentada uma denúncia por "fraude", "abuso de bens sociais" e "falsificação" contra os ex-diretores da LSK.

Está em estudo outra denúncia parecida, apresentada por un ex-banqueiro da Macedônia, segundo uma fonte relacionada ao caso.

Dominique Strauss-Kahn queria transformar a LSK em um fundo especulativo de 2 bilhões de dólares. No entanto, o grupo declarou falência em novembro de 2014, poucas semanas depois do suicídio em Tel Aviv de seu fundador, Thierry Leyne.

O ex-dirigente do FMI deixou a presidência do grupo poucos dias antes.

Strauss-Kahn explicou em 30 de outubro de 2014 que havia se retirado da empresa após comprovar que "o projeto não estava de acordo com planos iniciais" e disse que só descobriu as dívidas dias antes. Ele admitiu, entretanto, que já sabia da "reputação" de Thierry Leyne.

Em abril, uma fonte judicial revelou que LSK deixou um passivo de 100 milhões de dólares diante de 150 credores, entre eles o fisco de Luxemburgo.

O Fundo LSK foi condenado em 3 de outubro de 2014 a pagar dois milhões de euros à seguradora Bâloise-Vie Luxembourg por um diferendo financeiro.

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A justiça francesa abriu uma investigação preliminar por uma denúncia de fraude apresentada por um ex-acionista de um fundo de investimentos em bancarrota que contava entre seus administradores com o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn .

A denúncia, apresentada no fim de junho por um ex-acionista da firma de investimentos LSK, se refere a infrações cometidas em Luxemburgo, Chipre e Mônaco.

A Promotoria abriu a investigação preliminar em 28 de julho e agora pode ordenar uma instrução, citar as pessoas mencionadas ou arquivar o caso, indicaram nesta sexta-feira as fontes judiciais.

Nos últimos quatro anos, Strauss-Kahn teve que enfrentar problemas legais relacionados com escândalos sexuais, que o obrigaram a abandonar o FMI e a renunciar suas ambições políticas. Até o início dos escândalos, Strauss-Kahn era apontado como favorito pelo Partido Socialista para a eleição presidencial de 2012.

Jurisdição questionada

O Ministério Público deverá resolver em primeiro lugar se a justiça galesa está habilitada a tratar denúncias sobre supostas fraudes cometidas no exterior.

O advogado do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) questiona essa competência, segundo uma fonte próxima ao caso.

Mas o denunciante, Jean-François Ott, ex-presidente de uma imobiliária em Luxemburgo, pode alegar que dos quatro administradores da LSK -Strauss-Kahn, outros dois homens e uma mulher- dois são de nacionalidade francesa; ou que a sociedade LSK negociava suas ações na Euronext, que tem sede em Paris.

A investigação deverá determinar se Strauss-Kahn tinha um cargo na LSK, o que seu advogado nega.

Ott afirma ter investido 500.000 euros no capital da LSK, com base na informação de que a situação financeira da empresa não correspondia à realidade.

Por isso, no dia 30 de junho foi apresentada uma denúncia por "fraude", "abuso de bens sociais" e "falsificação" contra os ex-diretores da LSK.

Está em estudo outra denúncia parecida, apresentada por un ex-banqueiro da Macedônia, segundo uma fonte relacionada ao caso.

Dominique Strauss-Kahn queria transformar a LSK em um fundo especulativo de 2 bilhões de dólares. No entanto, o grupo declarou falência em novembro de 2014, poucas semanas depois do suicídio em Tel Aviv de seu fundador, Thierry Leyne.

O ex-dirigente do FMI deixou a presidência do grupo poucos dias antes.

Strauss-Kahn explicou em 30 de outubro de 2014 que havia se retirado da empresa após comprovar que "o projeto não estava de acordo com planos iniciais" e disse que só descobriu as dívidas dias antes. Ele admitiu, entretanto, que já sabia da "reputação" de Thierry Leyne.

Em abril, uma fonte judicial revelou que LSK deixou um passivo de 100 milhões de dólares diante de 150 credores, entre eles o fisco de Luxemburgo.

O Fundo LSK foi condenado em 3 de outubro de 2014 a pagar dois milhões de euros à seguradora Bâloise-Vie Luxembourg por um diferendo financeiro.

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