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Justiça dá início à apreensão de bens de ex-presidente catalão

Artur Mas convocou em 9 de novembro de 2014 um referendo independentista na Catalunha e usou 5,2 milhões de euros do dinheiro público para isso

Artur Mas: o ex-presidente convocou em 9 de novembro de 2014 um referendo independentista nessa região (Getty Images/Getty Images)
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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2017 às 13h20.

Madri - O Tribunal de Contas da Espanha iniciará a apreensão judicial das propriedades do ex-presidente do Governo da Catalunha Artur Mas por não ter depositado o valor de 5,2 milhões de euros (mais de US$ 6 milhões) imposto pelo uso de dinheiro público durante a consulta separatista de novembro de 2014.

Mas, presidente do Governo catalão de 2010 a 2016, tinha até ontem como prazo para devolver essa quantia, que foi imposta pelo Tribunal de Contas em setembro deste ano, mas faltou entregar 2,4 milhões de euros.

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Além de Artur Mas, na reivindicação do Tribunal de Contas aparecem outros altos cargos da administração regional da Catalunha dessa época, porém Mas é considerado "máximo e último responsável", por isso que se os outros não depositarem a quantidade que lhes foi atribuída, o pagamento ficará a cargo do ex-presidente.

Segundo fontes desse Tribunal, já há documentação relacionada com as propriedades de Mas e de outras pessoas envolvidas "para garantir a quantia que resta devolver".

Ontem, o Tribunal recebeu outros 400 mil euros, que se somam às anteriores contribuições. A quantidade total depositada é de 2,8 milhões de euros.

O Tribunal iniciou os trâmites para comprovar a situação atual desses bens.

Segundo as mesmas fontes, trata-se de um trâmite que demorará vários dias para se resolver e estima-se que deva durar aproximadamente uma semana.

Artur Mas convocou em 9 de novembro de 2014 um referendo independentista nessa região, que após ser suspenso pelo Tribunal Constitucional, foi realizado como uma consulta não vinculativa e sem valor legal.

Mas por ter convocado essa consulta, Mas foi condenado a dois anos de inabilitação e o Tribunal de Contas o investigou por suposto desvio de dinheiro público.

O Tribunal de Contas espanhol é um organização oficial que se encarrega de fiscalizar a despesa do setor público e de processar responsabilidades fiscais, neste caso, o suposto desvio de dinheiro para financiar uma consulta que tinha sido declarada ilegal.

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