Justiça da Indonésia aprova vitória de Widodo nas eleições
Tribunal rejeitou impugnação das eleições presidenciais apresentada por candidato, e ratificou vitória do governador de Jacarta, Joko Widodo
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 12h39.
Bangcoc - O Tribunal Constitucional da Indonésia rejeitou nesta quinta-feira a impugnação das eleições presidenciais de 9 de julho apresentada pelo candidato perdedor, Prabowo Subianto, e ratificou a vitória do governador de Jacarta, Joko Widodo.
O painel de nove juízes determinou em sua decisão que não há base legal para sustentar a reivindicação de Prabowo, que denunciou uma fraude "em massa, sistemática e estrutural" na votação.
O juiz Arief Hidayat disse que Probowo, um general aposentado e ex-genro do ditador Suharto, não apresentou provas suficientes, segundo o portal do jornal "Kompas".
A comissão eleitoral anunciou em 23 de julho os resultados das eleições, com Widodo como vencedor, com 53,15% dos votos, contra 46,85% do ex-general.
Em seu recurso, Prabowo defendeu que sua candidatura foi a ganhadora com 50,25% dos votos, contra 49,74% de seu oponente, e denunciou irregularidades em 210 mil colégios eleitorais, o que teria afetado 50 milhões de votos.
As irregularidades denunciadas incluem compra de votos, eleitores que votaram em mais de uma ocasião e a alteração "em massa" das cédulas durante a apuração.
Antes da leitura da decisão, cerca de oito mil seguidores de Prabowo se concentraram ao redor do tribunal, onde tentaram romper o cordão policial e lançaram pedras contra a polícia, que dispersou os manifestantes com canhões de água e gás lacrimogêneo.
Joko Widodo, apoiado pelo Partido Democrático da Indonésia para a Luta (PDI-L), o principal do parlamento, deverá abandonar seu cargo como governador da capital antes de tomar posse como presidente em 20 de outubro.
Estas foram as terceiras eleições nas quais os indonésios puderam escolher o chefe do Estado por voto direto na história do país, e contou com uma participação de 70,59%, inferior ao 72,24% do pleito de 2009.