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Justiça chinesa anunciará decisão sobre apelação de Bo Xilai

Tribunal anunciará na sexta-feira o veredicto sobre o recurso de apelação do ex-dirigente chinês Bo Xilai, condenado a prisão perpétua

O ex-dirigente chinês Bo Xilai: Tribunal Popular Supremo de Shandong deverá manter a prisão perpétua contra Bo (Jason Lee/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 07h44.

Pequim - O Tribunal Popular Supremo de Shandong anunciará na sexta-feira o veredicto sobre o recurso de apelação do ex-dirigente chinês Bo Xilai, condenado a prisão perpétua por corrupção e abuso de poder em 22 de setembro.

A corte aceitou examinar o recurso de apelação em 9 de outubro, data a partir da qual contava com um prazo de 20 dias para emitir uma decisão.

Bo, que foi ministro do Comércio e secretário-geral do Partido Comunista chinês (PCCh) na prefeitura de Chongqing, decidiu apelar da sentença no mesmo dia em que foi anunciada.

Um mês antes, entre 22 e 27 de agosto, ocorreu o julgamento contra o ex-dirigente, no qual Bo negou as três acusações contra ele: aceitação de suborno, desvio e abuso de poder.

O processo judicial foi um dos últimos capítulos de um escândalo político de grande envergadura que começou em fevereiro de 2012, quando o então braço direito de Bo em Chongqing, Wang Lijun, tentou se refugiar no consulado dos EUA da vizinha Chengdu.

Wang, quem era chefe de polícia do município, revelou a má conduta de Bo e acusou a esposa do ex-dirigente, Gu Kailai, de estar envolvido no homicídio do empresário britânico Neil Heywood meses atrás.

Gu foi condenada à pena de morte suspensa (na prática prisão perpétua) pelo assassinato de Heywood, enquanto o ex-número dois de Bo foi sentenciado a quinze anos de prisão por deserção e outros delitos.

O Tribunal Popular Supremo de Shandong deverá manter a prisão perpétua contra Bo. Especialistas consideram a decisão de examinar a apelação um mero formalismo para atuar de acordo com a lei.

Ainda não se sabe se Bo estará presente para escutar o veredicto. Durante seu julgamento ele surpreendeu por sua atitude combativa e sua rejeição a se declarar culpado, ao contrário do que costuma ocorrer no sistema judiciário chinês, no qual os acusados recebem uma sentença mais branda ao admitirem sua culpa.

Até sua queda em desgraça, Bo, representante da corrente neomaoísta do partido, era um dos líderes chineses com maior projeção e provavelmente ocuparia um dos postos no Comitê Permanente, o órgão de direção colegiada do PCCh renovado no ano passado.

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A corte aceitou examinar o recurso de apelação em 9 de outubro, data a partir da qual contava com um prazo de 20 dias para emitir uma decisão.

Bo, que foi ministro do Comércio e secretário-geral do Partido Comunista chinês (PCCh) na prefeitura de Chongqing, decidiu apelar da sentença no mesmo dia em que foi anunciada.

Um mês antes, entre 22 e 27 de agosto, ocorreu o julgamento contra o ex-dirigente, no qual Bo negou as três acusações contra ele: aceitação de suborno, desvio e abuso de poder.

O processo judicial foi um dos últimos capítulos de um escândalo político de grande envergadura que começou em fevereiro de 2012, quando o então braço direito de Bo em Chongqing, Wang Lijun, tentou se refugiar no consulado dos EUA da vizinha Chengdu.

Wang, quem era chefe de polícia do município, revelou a má conduta de Bo e acusou a esposa do ex-dirigente, Gu Kailai, de estar envolvido no homicídio do empresário britânico Neil Heywood meses atrás.

Gu foi condenada à pena de morte suspensa (na prática prisão perpétua) pelo assassinato de Heywood, enquanto o ex-número dois de Bo foi sentenciado a quinze anos de prisão por deserção e outros delitos.

O Tribunal Popular Supremo de Shandong deverá manter a prisão perpétua contra Bo. Especialistas consideram a decisão de examinar a apelação um mero formalismo para atuar de acordo com a lei.

Ainda não se sabe se Bo estará presente para escutar o veredicto. Durante seu julgamento ele surpreendeu por sua atitude combativa e sua rejeição a se declarar culpado, ao contrário do que costuma ocorrer no sistema judiciário chinês, no qual os acusados recebem uma sentença mais branda ao admitirem sua culpa.

Até sua queda em desgraça, Bo, representante da corrente neomaoísta do partido, era um dos líderes chineses com maior projeção e provavelmente ocuparia um dos postos no Comitê Permanente, o órgão de direção colegiada do PCCh renovado no ano passado.

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