Mundo

Júri condenaria Trump "em três minutos" por caso Ucrânia, diz congressista

Comitê vai analisar evidências sobre se o republicano condicionou ajuda militar à Ucrânia a um pedido de investigação sobre Joe Biden

O presidente americano, Donald Trump: líder republicano é alvo de processo de impeachment (Yuri Gripas/Reuters)

O presidente americano, Donald Trump: líder republicano é alvo de processo de impeachment (Yuri Gripas/Reuters)

A

AFP

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 16h48.

O presidente do Comitê Judicial da Câmara de Representantes dos Estados Unidos disse neste domingo (8) que se o caso do julgamento político contra o presidente Donald Trump fosse submetido a um júri, "haveria um veredicto de culpa em três minutos".

O congressista Jerry Nadler, cujo painel começará a redigir as acusações com vistas a um julgamento político esta semana, assegurou à emissora CNN que a evidência de que Trump pôs seus interesses pessoais acima dos de seu país, ao lidar com a Ucrânia são "sólidas como uma rocha".

E não descartou a possibilidade de uma votação na Câmara Baixa para acusar Trump antes do próximo fim de semana. Isso levaria rapidamente a uma votação no Senado, controlado pelos republicanos, onde se espera que Trump seja absolvido.

O comitê de Nadler se reunirá na segunda para começar a avaliar as evidências reunidas pelo Comitê de Inteligência sobre se Trump vinculou a ajuda militar e uma reunião com o presidente Volodimir Zelenski a um pedido para que Kiev investigasse seu potencial adversário nas eleições de 2020, o democrata Joe Biden, e o filho dele, Hunter.

Nadler não especulou sobre o que poderia ser incluído nos artigos de julgamento político.

Mas detalhou que a principal acusação se centraria em que Trump "buscou a interferência estrangeira em nossas eleições várias vezes, tanto para 2016 quanto para 2020, e tentou escondê-lo", o que representa "um perigo real e atual para a integridade da eleição" de novembro.

Nadler não detalhou se nas acusações formais será incluída a ingerência russa nas eleições de 2016 para favorecer Trump.

A maioria dos republicanos mantém o apoio a Trump, dizendo que não há evidências claras e diretas de que ele pressionou a Ucrânia para obter ganhos políticos pessoais.

O congressista Mark Meadows, um firme defensor de Trump, disse à CNN que o presidente estava legitimamente preocupado com a corrupção na Ucrânia e que não fez nada de inadequado em um questionado telefonema a Zelenski.

Meadows também descartou que algum republicano da Câmara vote a favor da destituição.

Mas quando perguntado se Nadler estava certo de que Trump teve uma conduta inadequada no caso da Ucrânia, respondeu que "sim".

"Temos um caso muito sólido. Acho que com o caso que temos, se apresentado a um júri, haveria um veredicto de culpa em três minutos".

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Ucrânia

Mais de Mundo

Ex-primeira-dama argentina depõe contra Alberto Fernández por violência de gênero

Explosão por vazamento de gás na Venezuela deixa oito mortos

Jovens chineses reagem com indignação à proposta de aumentar a idade de aposentadoria

Irã rejeita apelo de países ocidentais para abandonar ameaças a Israel

Mais na Exame