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Julgamento de Berlusconi é adiado até depois das eleições

Caso sobre divulgação de telefonema confidencial por parte do ex-premiê italiano terá veredicto dado em março, e não mais em fevereiro

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 22h18.

Milão - Um tribunal italiano aceitou adiar para depois da eleição de fevereiro o julgamento em que o ex-premiê e agora candidato Silvio Berlusconi é réu pela acusação de divulgar o conteúdo gravado de um telefonema confidencial.

O caso diz respeito a um escândalo bancário de 2005 e Berlusconi também enfrenta atualmente outros dois processos judiciais pelas acusações de fraude tributária e de contratar uma prostituta menor de idade, conhecida pelo apelido de Ruby.

Os promotores no caso da gravação telefônica pediram pena de um ano de prisão para o magnata das comunicações. O veredicto estava programado para 7 de fevereiro, mas o juiz Oscar Magi o transferiu para 7 de março, depois das eleições parlamentares de 24 e 25 de fevereiro.

Nesta semana, os advogados do político conservador haviam tentado sem sucesso adiar o julgamento do "caso Ruby", alegando que o escândalo sexual poderia ser usado politicamente por adversários.

O caso tratado nesta quinta-feira decorre das suspeitas de que Berlusconi teria pressionado pela publicação do teor de uma gravação telefônica no diário Il Giornale, que pertence a seu irmão Paolo, a fim de prejudicar um adversário político.

A ligação dizia respeito a uma frustrada tentativa da seguradora Unipol para comprar o banco Nazionale del Lavoro, num caso que motivou uma investigação por crimes financeiros.


Na conversa, Piero Fassino, então principal rival de Berlusconi na política italiana, é ouvido perguntando ao presidente da seguradora Unipol: "E então, temos um banco?".

A conversa, que não insinuava nenhum crime por parte do político centro-esquerdista, havia sido preservada por promotores que investigavam uma possível interferência ilícita na frustrada aquisição.

O diretor da empresa contratada pela Justiça para gravar a conversa já foi condenado por furtar a gravação e entregá-la a Berlusconi e seu irmão.

Numa audiência na terça-feira, os advogados de Berlusconi haviam pedido para que ele fosse inocentado das acusações de pressionar o Il Gionarle a publicar a transcrição. Berlusconi nega qualquer irregularidade e repetidamente se diz vítima de perseguições de juízes milaneses com motivação política.

Berlusconi também nega ter pagado por sexo com uma menor. A audiência final desse caso está marcada para 4 de fevereiro, e o veredicto deve sair antes da eleição.

No caso da fraude fiscal, Berlusconi já foi condenado em outubro a quatro anos de prisão, e a fase de recurso ainda nem começou.

Berlusconi lidera uma coalizão centro-direitista que tem 26,3 por cento das intenções de voto na última pesquisa, contra 37,5 por cento da coalizão de centro-esquerda.

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Milão - Um tribunal italiano aceitou adiar para depois da eleição de fevereiro o julgamento em que o ex-premiê e agora candidato Silvio Berlusconi é réu pela acusação de divulgar o conteúdo gravado de um telefonema confidencial.

O caso diz respeito a um escândalo bancário de 2005 e Berlusconi também enfrenta atualmente outros dois processos judiciais pelas acusações de fraude tributária e de contratar uma prostituta menor de idade, conhecida pelo apelido de Ruby.

Os promotores no caso da gravação telefônica pediram pena de um ano de prisão para o magnata das comunicações. O veredicto estava programado para 7 de fevereiro, mas o juiz Oscar Magi o transferiu para 7 de março, depois das eleições parlamentares de 24 e 25 de fevereiro.

Nesta semana, os advogados do político conservador haviam tentado sem sucesso adiar o julgamento do "caso Ruby", alegando que o escândalo sexual poderia ser usado politicamente por adversários.

O caso tratado nesta quinta-feira decorre das suspeitas de que Berlusconi teria pressionado pela publicação do teor de uma gravação telefônica no diário Il Giornale, que pertence a seu irmão Paolo, a fim de prejudicar um adversário político.

A ligação dizia respeito a uma frustrada tentativa da seguradora Unipol para comprar o banco Nazionale del Lavoro, num caso que motivou uma investigação por crimes financeiros.


Na conversa, Piero Fassino, então principal rival de Berlusconi na política italiana, é ouvido perguntando ao presidente da seguradora Unipol: "E então, temos um banco?".

A conversa, que não insinuava nenhum crime por parte do político centro-esquerdista, havia sido preservada por promotores que investigavam uma possível interferência ilícita na frustrada aquisição.

O diretor da empresa contratada pela Justiça para gravar a conversa já foi condenado por furtar a gravação e entregá-la a Berlusconi e seu irmão.

Numa audiência na terça-feira, os advogados de Berlusconi haviam pedido para que ele fosse inocentado das acusações de pressionar o Il Gionarle a publicar a transcrição. Berlusconi nega qualquer irregularidade e repetidamente se diz vítima de perseguições de juízes milaneses com motivação política.

Berlusconi também nega ter pagado por sexo com uma menor. A audiência final desse caso está marcada para 4 de fevereiro, e o veredicto deve sair antes da eleição.

No caso da fraude fiscal, Berlusconi já foi condenado em outubro a quatro anos de prisão, e a fase de recurso ainda nem começou.

Berlusconi lidera uma coalizão centro-direitista que tem 26,3 por cento das intenções de voto na última pesquisa, contra 37,5 por cento da coalizão de centro-esquerda.

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