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Julgamento de acusados a genocídio na Guatemala é antecipado

"Hoje a oficial do tribunal nos notificou por telefone que o início do julgamento tinha sido reprogramado para 19 de março" afirmou um dos advogados do caso, Héctor Reyes


	Guatemala: promotor do caso, Orlando López, também confirmou à Efe que o tribunal o notificou sobre a mudança
 (Wikimedia Commons)

Guatemala: promotor do caso, Orlando López, também confirmou à Efe que o tribunal o notificou sobre a mudança (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 20h46.

Guatemala - A justiça da Guatemala antecipou para 19 de março o início do julgamento dos ex-generais José Efraín Ríos Montt e José Rodríguez, acusados de genocídio e de crimes contra os direitos humanos pelo Ministério Público, informou nesta quarta-feira à Agência Efe um dos advogados do caso, Héctor Reyes.

"Hoje a oficial do tribunal nos notificou por telefone que o início do julgamento tinha sido reprogramado para 19 de março", afirmou Reyes. Inicialmente, o julgamento estava marcado para 14 de agosto.

Reyes explicou que o tribunal responsável pelo caso tem duas opções para fazer as notificações, por telefone ou por escrito. "É oficial. Já fomos convocados para 19 de março para o início do debate", afirmou o jurista, do Centro de Ação Legal para os Direitos Humanos (Caldh), que apresentou o processo contra Ríos Montt e Rodríguez.

O promotor do caso, Orlando López, também confirmou à Efe que o tribunal o notificou sobre a mudança. Por sua vez, o advogado de Ríos Montt, Danilo Rodríguez, disse à Efe que até o momento não recebeu nenhum aviso do tribunal.

Ríos Montt, que governou a Guatemala entre 1982 e 1983, e seu antigo chefe de inteligência, José Rodríguez, são acusados pelo Ministério Público do massacre de 1.771 indígenas da etnia ixil durante esse período.

O ex-general será o primeiro ex-dirigente de alto escalão guatemalteco a ser julgado por genocídio e crimes contra a humanidade perpetrados pelo Exército durante o conflito armado (1960-1996) que deixou cerca de 250.000 vítimas no país, entre mortos e desaparecidos.

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