Jordânia disposta a libertar jihadista em troca de piloto
A Jordânia disse que está disposta a libertar jihadistas iraquiana, atendendo ao Estado Islâmico, ante ultimato para execução de piloto jordaniano
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 14h51.
Amã - A Jordânia anunciou nesta quarta-feira que está disposta a libertar uma suicida iraquiana, o que foi exigido pelo grupo Estado Islâmico , ante o ultimato dos jihadistas que ameaçam executar um piloto jordaniano e um jornalista japonês.
"A Jordânia está disposta a libertar a prisioneira Sajida al-Rishawi se o piloto jordaniano for libertado são e salvo", declarou o porta-voz do governo, Mohammad al-Momeni, segundo a televisão jordaniana.
Em um vídeo divulgado na terça-feira, o grupo EI exigiu a libertação em um prazo de 24 horas, que venceu às 14h00 GMT (12h00 de Brasília) desta quarta-feira, da jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada à morte na Jordânia. Caso isso não ocorra anunciou que executará o piloto Maaz al Kasasbeh e o refém japonês Kenji Goto.
Em sua conta no Twitter, o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Judeh, pediu "provas de que o herói Maaz está vivo". O EI não respondeu a esta solicitação.
"Desde o início, a posição da Jordânia foi garantir a segurança de nosso filho, o piloto Maaz al Kassasbeh", disse o porta-voz citado pela televisão.
Pouco antes, um funcionário havia desmentido que Sajida ao Rishawi tivesse sido levada da prisão visando uma libertação.
Sajida al Rishawi foi condenada à morte na Jordânia por cumplicidade nos atentados que provocaram a morte de 60 pessoas em Amã em novembro de 2005.
Fontes oficiais e militares jordanianas apontaram, por sua vez, que a mensagem do EI exige a libertação da iraquiana em troca do refém japonês, mas não menciona a soltura do piloto.
"Mas ameaça matar os dois" se Al Rishawi não for libertada, disseram as fontes.
Na manhã desta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou de vis as ameaças do EI e pediu ajuda à Jordânia para libertar Goto.
"Diante desta situação extremamente grave, o governo solicitou a cooperação da Jordânia para a libertação iminente de Goto", disse Abe.
"São ameaças completamente vis e sinto uma profunda indignação", acrescentou Abe ao término de uma breve reunião do governo.
Nesta quarta-feira, os pais dos dois reféns se dirigiram às autoridades japonesas e jordanianas pedindo que façam todo o possível para salvar a vida de seus filhos.
"Senhor primeiro-ministro, peço, salve a vida de Kenji, continue negociando com o governo da Jordânia", suplicou nesta quarta-feira em Tóquio a mãe de Goto, Junko Ishido.
"Exigimos o retorno de Maaz. Temos uma única demanda, o retorno de Maaz a qualquer preço", disse seu pai, Safi el Kasasbeh, em uma manifestação de dezenas de membros de tribos de Karak (sul), de onde o piloto é proveniente.
"Todos somos Maaz", lia-se em fotografias do refém agitadas pelos manifestantes, entre eles a mãe do piloto.
Ultimato
Ao condicionar a vida do segundo refém japonês à libertação da terrorista iraquiana, o EI deslocou a Amã o centro da negociação, colocando a diplomacia japonesa em uma situação delicada.
O tema é complexo, já que uma eventual libertação da prisioneira iraquiana provocaria uma grande indignação entre a população japonesa, segundo um especialista.
As novas exigências do EI se apresentam sob a forma de uma imagem de Goto segurando a foto do piloto jordaniano, com a suposta voz do japonês formulando as ameaças de seus sequestradores.
O executivo japonês estima que o prazo imposto pelo EI terminou às 23h00 desta quarta-feira em Tóquio (12h00 de Brasília).
Goto, um jornalista independente, foi capturado provavelmente entre o fim de outubro e o início de novembro, enquanto Al-Kasasbeh foi pego em 24 de dezembro, depois de se acidentar com seu F-16 em uma região da Síria.
Em um vídeo divulgado no dia 20 de janeiro, o EI exigia do governo japonês um resgate de 200 milhões de dólares em 72 horas para libertar Goto e outro refém japonês, Haruna Yukawa. O grupo anunciou no sábado ter executado Yukawa, já que suas solicitações não foram atendidas.
Posteriormente acrescentou a reivindicação da libertação da prisioneira iraquiana.
Amã - A Jordânia anunciou nesta quarta-feira que está disposta a libertar uma suicida iraquiana, o que foi exigido pelo grupo Estado Islâmico , ante o ultimato dos jihadistas que ameaçam executar um piloto jordaniano e um jornalista japonês.
"A Jordânia está disposta a libertar a prisioneira Sajida al-Rishawi se o piloto jordaniano for libertado são e salvo", declarou o porta-voz do governo, Mohammad al-Momeni, segundo a televisão jordaniana.
Em um vídeo divulgado na terça-feira, o grupo EI exigiu a libertação em um prazo de 24 horas, que venceu às 14h00 GMT (12h00 de Brasília) desta quarta-feira, da jihadista iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada à morte na Jordânia. Caso isso não ocorra anunciou que executará o piloto Maaz al Kasasbeh e o refém japonês Kenji Goto.
Em sua conta no Twitter, o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Judeh, pediu "provas de que o herói Maaz está vivo". O EI não respondeu a esta solicitação.
"Desde o início, a posição da Jordânia foi garantir a segurança de nosso filho, o piloto Maaz al Kassasbeh", disse o porta-voz citado pela televisão.
Pouco antes, um funcionário havia desmentido que Sajida ao Rishawi tivesse sido levada da prisão visando uma libertação.
Sajida al Rishawi foi condenada à morte na Jordânia por cumplicidade nos atentados que provocaram a morte de 60 pessoas em Amã em novembro de 2005.
Fontes oficiais e militares jordanianas apontaram, por sua vez, que a mensagem do EI exige a libertação da iraquiana em troca do refém japonês, mas não menciona a soltura do piloto.
"Mas ameaça matar os dois" se Al Rishawi não for libertada, disseram as fontes.
Na manhã desta quarta-feira, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, classificou de vis as ameaças do EI e pediu ajuda à Jordânia para libertar Goto.
"Diante desta situação extremamente grave, o governo solicitou a cooperação da Jordânia para a libertação iminente de Goto", disse Abe.
"São ameaças completamente vis e sinto uma profunda indignação", acrescentou Abe ao término de uma breve reunião do governo.
Nesta quarta-feira, os pais dos dois reféns se dirigiram às autoridades japonesas e jordanianas pedindo que façam todo o possível para salvar a vida de seus filhos.
"Senhor primeiro-ministro, peço, salve a vida de Kenji, continue negociando com o governo da Jordânia", suplicou nesta quarta-feira em Tóquio a mãe de Goto, Junko Ishido.
"Exigimos o retorno de Maaz. Temos uma única demanda, o retorno de Maaz a qualquer preço", disse seu pai, Safi el Kasasbeh, em uma manifestação de dezenas de membros de tribos de Karak (sul), de onde o piloto é proveniente.
"Todos somos Maaz", lia-se em fotografias do refém agitadas pelos manifestantes, entre eles a mãe do piloto.
Ultimato
Ao condicionar a vida do segundo refém japonês à libertação da terrorista iraquiana, o EI deslocou a Amã o centro da negociação, colocando a diplomacia japonesa em uma situação delicada.
O tema é complexo, já que uma eventual libertação da prisioneira iraquiana provocaria uma grande indignação entre a população japonesa, segundo um especialista.
As novas exigências do EI se apresentam sob a forma de uma imagem de Goto segurando a foto do piloto jordaniano, com a suposta voz do japonês formulando as ameaças de seus sequestradores.
O executivo japonês estima que o prazo imposto pelo EI terminou às 23h00 desta quarta-feira em Tóquio (12h00 de Brasília).
Goto, um jornalista independente, foi capturado provavelmente entre o fim de outubro e o início de novembro, enquanto Al-Kasasbeh foi pego em 24 de dezembro, depois de se acidentar com seu F-16 em uma região da Síria.
Em um vídeo divulgado no dia 20 de janeiro, o EI exigia do governo japonês um resgate de 200 milhões de dólares em 72 horas para libertar Goto e outro refém japonês, Haruna Yukawa. O grupo anunciou no sábado ter executado Yukawa, já que suas solicitações não foram atendidas.
Posteriormente acrescentou a reivindicação da libertação da prisioneira iraquiana.