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John McCain visita Síria e encontra líderes rebeldes

McCain, uma das vozes do Congresso que pedem uma maior intervenção americana na Síria, cruzou a fronteira entre Turquia e Síria


	O senador republicano John McCain: candidato presidencial republicano em 2008, McCain é um dos legisladores mais críticos com a política do governo de Barack Obama em relação à Síria.
 (Marco Longari/AFP)

O senador republicano John McCain: candidato presidencial republicano em 2008, McCain é um dos legisladores mais críticos com a política do governo de Barack Obama em relação à Síria. (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 17h19.

Washington - O senador republicano John McCain se tornou nesta segunda-feira o primeiro funcionário de alta categoria dos Estados Unidos a visitar a Síria desde que há mais de dois anos começou o conflito no país.

McCain, uma das vozes do Congresso que pedem uma maior intervenção americana na Síria, cruzou a fronteira entre Turquia e Síria junto com o líder do Conselho Militar Supremo do Exército Livre Sírio (ELS), Salem Idris.

Os dois se reuniram tanto na Síria como na Turquia com líderes de várias unidades do ELS, o braço armado dos rebeldes, que tinham viajado até ali para ver o senador, informou o site "Daily Beast" e confirmou mais tarde o escritório de McCain ao canal "CNN" e à revista "Politico".

Nesses encontros, os líderes rebeldes pediram aos EUA que aumentem seu apoio à oposição armada e lhes proporcione armamento pesado, uma zona de exclusão aérea e bombardeios aéreos seletivos sobre alvos do regime de Bashar al Assad e do grupo xiita libanês Hezbollah, segundo o "Daily Beast".

A visita de McCain é também a primeira de qualquer funcionário americano desde que no início deste mês viajou ao país o embaixador americano na Síria, Robert Ford, que trabalha em Washington há mais de um ano.

"A visita do senador McCain é muito importante e muito útil, especialmente neste momento", disse Idris ao site. "Necessitamos da ajuda americana para obter mudanças no terreno, estamos em uma situação muito crítica", acrescentou.


Os rebeldes alertaram McCain que suas tropas estão ficando sem munição e asseguraram que o regime usou armas químicas contra a população em várias ocasiões, de acordo com dois líderes da organização americana Syrian Emergency Task Force que participaram de todos os encontros do senador.

Advertiram ainda que há uma crescente presença de assessores militares russos em Damasco e que o Hezbollah tomou as rédeas da batalha na cidade de Homs, indicaram os ativistas ao "Daily Beast".

Candidato presidencial republicano em 2008, McCain é um dos legisladores mais críticos com a política do governo de Barack Obama em relação à Síria e pede há meses a implementação de uma zona de exclusão aérea e o armamento dos rebeldes.

Na semana passada, o Comitê de Relações das Relações Exteriores do Senado aprovou uma medida respaldada por McCain que contempla autorizar o governo de Obama a proporcionar armas pequenas e capacitação aos grupos rebeldes sírios.

Enquanto isso, EUA e Rússia tentam garantir a presença da oposição síria em uma conferência convocada para o próximo mês em Genebra, da qual o regime já confirmou que participará e que tentará avançar rumo à formação de um governo de transição com representação das duas partes confrontadas.

Idris assinalou hoje que os rebeldes sírios cooperarão com a conferência de Genebra "se isso significar que Bashar (al Assad) renunciará e abandonará o país e que os funcionários militares do regime prestarão contas perante a Justiça".

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