Jihadistas do EI ampliam controle da fronteira Síria-Iraque
Com a nova conquista, o EI controla as duas estradas principais entre a Síria e a província iraquiana de Al-Anbar (oeste)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2015 às 10h40.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) assumiram neste domingo o controle de um posto de fronteira entre Iraque e Síria , ampliando seu poder no centro de seu autoproclamado califado.
Com a nova conquista, o EI controla as duas estradas principais entre a Síria e a província iraquiana de Al-Anbar (oeste), resultado de sua maior ofensiva nos últimos meses.
Na semana passada, os jihadistas sunitas conquistaram a cidade iraquiana de Ramadi e, poucos dias depois, tomaram o controle da cidade histórica síria de Palmira.
O EI assumiu neste domingo o controle do posto de Al-Walid. Os jihadistas entraram no local depois que o exército e os guardas de fronteira abandonaram o local, segundo uma fonte policial.
Há três dias, o grupo havia conquistado o lado sírio do posto na fronteira.
"Não havia apoio militar para as forças de segurança e estas não eram suficientes para proteger o posto", declarou Suad Jassem, funcionário do governo de Al-Anbar.
O avanço do EI provoca dúvidas sobre a eficácia da campanha aérea iniciada há oito meses por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Os aviões da coalizão executaram mais de 3.000 bombardeios no Iraque e na Síria desde agosto de 2014 e intensificaram os ataques nos últimos dias em uma tentativa de deter os jihadistas.
Contraofensiva em Ramadi
As forças iraquianas retomaram no sábado a localidade de Husaybah, a sete quilômetros de Ramadi, a capital da província de Al-Anbar.
Um dos principais líderes tribais sunitas, o xeque Rafia Abdelkarim al-Fahdawi, mobilizou suas forças, que conhecem bem o terreno e podem ser cruciais para tropas do governo.
A operação contou ainda com a participação da polícia local e federal, a força de intervenção rápida do ministério do Interior, soldados do exército iraquiano e as forças paramilitares xiitas das Unidades de Mobilização Popular.
As forças governamentais também combatem o grupo jihadista em outras frentes, como a refinaria de petróleo de Baiji, 200 km ao norte de Bagdá.
Civis deslocados
Na Síria, vários analistas consideram que a tomada de Palmira deixa os jihadistas em posição de executar ofensivas contra a capital Damasco e Homs, a terceira maior cidade do país.
Depois que o EI destruiu vários tesouros arqueológicos no Iraque, a comunidade internacional teme a repetição do cenário em Palmira, uma cidade de mais de 2.000 anos, famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias.
No sábado, o ministro sírio para as Antiguidades afirmou que os jihadistas entraram no Museu de Palmira, mas destacou que grande parte do acervo do local já havia sido transferida a Damasco.
Neste domingo, um helicóptero das Forças Armadas da Síria caiu na província de Aleppo, norte do país, por uma falha técnica segundo o canal de televisão estatal, mas o EI reivindicou um ataque contra o aparelho.
A emissora afirmou o helicóptero caiu pouco depois da decolagem e que os tripulantes, um número não revelado, morreram na tragédia.
Mas o Estado Islâmico anunciou no Twitter, com direito a uma foto de um helicóptero em chamas, que um míssil terra-ar derrubou a aeronave.
Toda a tripulação morreu, segundo o tuíte do EI, que cita os nomes de dois oficiais e um soldado.
O avanço do EI na Síria e no Iraque provocou o deslocamento de milhares de civis.
Pelo menos 55.000 pessoas abandonaram Ramadi e se uniram aos mais de 2,8 milhões de deslocados no Iraque desde o início de 2014.
As organizações humanitárias e vários políticos pedem ao governo de maioria xiita que permita a passagem de famílias, bloqueadas há vários dias em uma ponte, para buscar refúgio em Bagdá e além da capital.
As autoridades desejam que os deslocados tenham um "padrinho" antes de entrar na capital iraquiana, onde algumas pessoas os acusam de terem sido infiltrados pelo EI.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) assumiram neste domingo o controle de um posto de fronteira entre Iraque e Síria , ampliando seu poder no centro de seu autoproclamado califado.
Com a nova conquista, o EI controla as duas estradas principais entre a Síria e a província iraquiana de Al-Anbar (oeste), resultado de sua maior ofensiva nos últimos meses.
Na semana passada, os jihadistas sunitas conquistaram a cidade iraquiana de Ramadi e, poucos dias depois, tomaram o controle da cidade histórica síria de Palmira.
O EI assumiu neste domingo o controle do posto de Al-Walid. Os jihadistas entraram no local depois que o exército e os guardas de fronteira abandonaram o local, segundo uma fonte policial.
Há três dias, o grupo havia conquistado o lado sírio do posto na fronteira.
"Não havia apoio militar para as forças de segurança e estas não eram suficientes para proteger o posto", declarou Suad Jassem, funcionário do governo de Al-Anbar.
O avanço do EI provoca dúvidas sobre a eficácia da campanha aérea iniciada há oito meses por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Os aviões da coalizão executaram mais de 3.000 bombardeios no Iraque e na Síria desde agosto de 2014 e intensificaram os ataques nos últimos dias em uma tentativa de deter os jihadistas.
Contraofensiva em Ramadi
As forças iraquianas retomaram no sábado a localidade de Husaybah, a sete quilômetros de Ramadi, a capital da província de Al-Anbar.
Um dos principais líderes tribais sunitas, o xeque Rafia Abdelkarim al-Fahdawi, mobilizou suas forças, que conhecem bem o terreno e podem ser cruciais para tropas do governo.
A operação contou ainda com a participação da polícia local e federal, a força de intervenção rápida do ministério do Interior, soldados do exército iraquiano e as forças paramilitares xiitas das Unidades de Mobilização Popular.
As forças governamentais também combatem o grupo jihadista em outras frentes, como a refinaria de petróleo de Baiji, 200 km ao norte de Bagdá.
Civis deslocados
Na Síria, vários analistas consideram que a tomada de Palmira deixa os jihadistas em posição de executar ofensivas contra a capital Damasco e Homs, a terceira maior cidade do país.
Depois que o EI destruiu vários tesouros arqueológicos no Iraque, a comunidade internacional teme a repetição do cenário em Palmira, uma cidade de mais de 2.000 anos, famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias.
No sábado, o ministro sírio para as Antiguidades afirmou que os jihadistas entraram no Museu de Palmira, mas destacou que grande parte do acervo do local já havia sido transferida a Damasco.
Neste domingo, um helicóptero das Forças Armadas da Síria caiu na província de Aleppo, norte do país, por uma falha técnica segundo o canal de televisão estatal, mas o EI reivindicou um ataque contra o aparelho.
A emissora afirmou o helicóptero caiu pouco depois da decolagem e que os tripulantes, um número não revelado, morreram na tragédia.
Mas o Estado Islâmico anunciou no Twitter, com direito a uma foto de um helicóptero em chamas, que um míssil terra-ar derrubou a aeronave.
Toda a tripulação morreu, segundo o tuíte do EI, que cita os nomes de dois oficiais e um soldado.
O avanço do EI na Síria e no Iraque provocou o deslocamento de milhares de civis.
Pelo menos 55.000 pessoas abandonaram Ramadi e se uniram aos mais de 2,8 milhões de deslocados no Iraque desde o início de 2014.
As organizações humanitárias e vários políticos pedem ao governo de maioria xiita que permita a passagem de famílias, bloqueadas há vários dias em uma ponte, para buscar refúgio em Bagdá e além da capital.
As autoridades desejam que os deslocados tenham um "padrinho" antes de entrar na capital iraquiana, onde algumas pessoas os acusam de terem sido infiltrados pelo EI.