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Japão registra 40 mil pessoas mortas sozinhas em casa — 10% delas descobertas um mês após a morte

O levantamento da Agência Nacional de Polícia computou as mortes de janeiro a junho de 2024

Japão: os idosos a partir de 65 anos foram os mais afetados, representando 76,1% dos casos (FreePik/ Imagem gerada por IA/Divulgação)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 17h03.

Quase 40.000 pessoas morreram sozinhas em suas casas no Japão de janeiro a junho de 2024, segundo dados recentes da Agência Nacional de Polícia. Destas, 3.939 pessoas foram descobertas mais de um mês após sua morte, e os idosos a partir de 65 anos foram os mais afetados, representando 76,1% dos casos.

O Japão, que possui a população mais velha do mundo segundo a ONU , enfrenta graves consequências do isolamento social entre seus idosos. 28.330 das vítimas de mortes solitárias tinham mais de 65 anos. Entre as faixas etárias, os mais afetados foram os idosos de 85 anos ou mais, com 7.498 casos.

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Impacto do isolamento social entre idosos no Japão

Mesmo que 39,7% das pessoas que morreram sozinhas em casa tenham sido encontradas em um dia, outras 130 passaram despercebidas por mais de um ano antes de serem descobertas. Um caso extremo ocorreu na província de Hyogo, onde um filho descobriu que sua mãe, dada como desaparecida há mais de 10 anos, estava morta dentro de casa todo esse tempo.

O número crescente de domicílios unipessoais no Japão, estimado em 23,3 milhões em 2024, reflete a solidão crescente, especialmente entre os idosos. Estima-se que até 10,8 milhões de idosos estarão morando sozinhos no Japão até 2050, de acordo com o Instituto Nacional Japonês de Pesquisa Populacional e Previdência Social.

Projeções e políticas para enfrentar o desafio demográfico

A situação crítica levou a Agência Nacional de Polícia a fornecer suas conclusões a um grupo governamental que investiga as mortes sem assistência, sugerindo a necessidade de novas políticas públicas para combater o isolamento social dos idosos.

O Japão não está sozinho em enfrentar desafios demográficos. China e Coreia do Sul também lutam com o envelhecimento populacional e baixas taxas de fertilidade, o que evidencia uma tendência preocupante na região.

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