Japão pede que ONU proteja cartas de kamikazes, irrita China
Japão solicitou que Unesco coloque cartas de dois kamikazes em pé de igualdade com documentos como o diário de Anne Frank e a Magna Carta
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 10h32.
Pequim - A China criticou na segunda-feira o Japão por ter solicitado à Unesco (órgão cultural da Organização das Nações Unidas) que coloque cartas de dois kamikazes (pilotos suicidas da Segunda Guerra Mundial) em pé de igualdade com documentos como o diário de Anne Frank e a Magna Carta.
O pedido foi feito na semana passada pela prefeitura de Minami Kyushu, no sul do Japão, com relação aos testamentos e às cartas de despedida de dois pilotos que morreram voluntariamente ao cometerem ataques contra navios aliados.
A cidade - onde havia uma base da qual centenas de kamikazes decolaram em 1945, último ano do conflito - argumentou que os documentos serviriam para salientar a importância da paz mundial.
Mas a chancelaria chinesa disse que os pilotos suicidas não merecem esse reconhecimento.
"A intenção por trás da solicitação para os chamados pilotos kamikazes é claríssima, a saber, tentar embelezar o histórico militarista japonês de invasão", disse a porta-voz Hua Chunying.
"A intenção é diametralmente oposta ao objetivo da Unesco, que é manter a paz, e deve ser fortemente condenada e resolutamente contrariada pela comunidade internacional." (Reportagem de Ben Blanchard em Pequim e Kiyoshi Takenaka em Tóquio)
Pequim - A China criticou na segunda-feira o Japão por ter solicitado à Unesco (órgão cultural da Organização das Nações Unidas) que coloque cartas de dois kamikazes (pilotos suicidas da Segunda Guerra Mundial) em pé de igualdade com documentos como o diário de Anne Frank e a Magna Carta.
O pedido foi feito na semana passada pela prefeitura de Minami Kyushu, no sul do Japão, com relação aos testamentos e às cartas de despedida de dois pilotos que morreram voluntariamente ao cometerem ataques contra navios aliados.
A cidade - onde havia uma base da qual centenas de kamikazes decolaram em 1945, último ano do conflito - argumentou que os documentos serviriam para salientar a importância da paz mundial.
Mas a chancelaria chinesa disse que os pilotos suicidas não merecem esse reconhecimento.
"A intenção por trás da solicitação para os chamados pilotos kamikazes é claríssima, a saber, tentar embelezar o histórico militarista japonês de invasão", disse a porta-voz Hua Chunying.
"A intenção é diametralmente oposta ao objetivo da Unesco, que é manter a paz, e deve ser fortemente condenada e resolutamente contrariada pela comunidade internacional." (Reportagem de Ben Blanchard em Pequim e Kiyoshi Takenaka em Tóquio)