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Japão contesta pesquisa que adverte sobre câncer

Para as autoridades japonesas, o estudo se baseia na permanência das pessoas nas áreas mais contaminadas, o que não ocorre


	Reatores da usina nuclear de Fukushima Dai-ichi: após o terremoto seguido por tsunami, em março de 2011, aproximadamente 110 mil moradores da região próxima à usina foram retiradas de suas casa.
 (©afp.com / Itsuo Inouye)

Reatores da usina nuclear de Fukushima Dai-ichi: após o terremoto seguido por tsunami, em março de 2011, aproximadamente 110 mil moradores da região próxima à usina foram retiradas de suas casa. (©afp.com / Itsuo Inouye)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 12h18.

Brasília – O governo do Japão contestou hoje (1º) as conclusões de um estudo, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), advertindo sobre o risco de casos de câncer em áreas próximas à Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, em decorrência das explosões e vazamentos radioativos em 2011. Pelo estudo, a ameaça de desenvolver câncer de tireoide aumentou em 70% nas mulheres e nas crianças.

Para as autoridades japonesas, o estudo se baseia na permanência das pessoas nas áreas mais contaminadas, o que não ocorre, pois o governo do Japão determinou o esvaziamento das zonas afetadas. Segundo especialistas japoneses, há dúvidas sobre a forma de calcular os casos.

O estudo mostra também que há ameaças de desenvolvimento de câncer de mama nas meninas nascidas nos arredores da usina. Segundo a pesquisa, houve aumento de 6% desses casos, além da elevação de 7% de casos de leucemia em crianças e adolescentes do sexo masculino.

Após o terremoto seguido por tsunami, em março de 2011, aproximadamente 110 mil moradores da região próxima à usina, no Nordeste do Japão, foram retiradas de suas casas.Cerca de 50 mil moradores da autarquia de Fukushima decidiram mudar-se, por precaução.

O acidente nuclear no Japão foi considerado, por especialistas, pior do que o registrado em Chernobyl (Ucrânia), em 1986. Em decorrência dos vazamentos e explosões, as autoridades japonesas proibiram a venda de uma série de produtos agrícolas da região.

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