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Italianos não creem em promessa de Berlusconi sobre impostos

A proposta de Berlusconi, candidato de centro-direita, foi ridicularizada por seus adversários, que a qualificaram como estratégia de compra de votos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 14h51.

Roma - Uma nova pesquisa revelou que a maioria dos italianos não acredita nas promessas do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de cortar impostos, apesar de ele ter feito uma "proposta de choque" de reembolsar uma odiada taxa sobre habitação, em uma tentativa de última hora de vencer a eleição parlamentar deste mês.

Uma das sondagens, publicada pelo instituto SWG nesta terça-feira, também indicou que os principais candidatos de uma frente de centro-esquerda obtiveram uma leve recuperação, depois de terem perdido apoio por causa de um escândalo bancário.

Outra pesquisa, realizada pela empresa Demopolis na noite de segunda-feira, constatou que 51 % dos italianos não acreditam na promessa feita no fim de semana por Berlusconi, de abolir um imposto sobre a propriedade e reembolsar os contribuintes que já o pagaram.

Essa proposta de Berlusconi, candidato de centro-direita, foi ridicularizada por seus adversários, que a qualificaram como estratégia de compra de votos.

Afetado pelo envolvimento em um escândalo sexual, Berlusconi, de 76 anos, foi destituído do poder e substituído pelo tecnocrata Mario Monti em novembro de 2011, quando a Itália mergulhava numa crise de dívida no estilo grego.

Depois disso, o bilionário magnata da mídia passou a maior parte do ano de 2012 nas sombras, mas fez um retorno surpreendente em dezembro, a ponto de conseguir diminuir para 5 pontos de diferença a distância nas pesquisas entre os políticos de centro-direita e a centro-esquerda. Mas a maioria dos pesquisadores acha que ele ainda não conseguirá ganhar a eleição.


Mestre em comunicação, Berlusconi fez seu ressurgimento com base em uma blitz de aparições na televisão e ataques constantes aos aumentos de impostos feitos por Monti. Com isso, cresceu no país o espectro da instabilidade após a eleição, o que está começando a preocupar os investidores.

A pesquisa da SWG, feita na segunda-feira, mostrou que Berlusconi foi o menos digno de crédito em matéria de impostos entre todos os líderes políticos que disputarão a eleição de 24-25 fevereiro. Berlusconi convenceu com suas promessas apenas 18 % dos entrevistados.

O líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani foi o mais confiável, com 27 %, logo seguido pelo comediante Beppe Grillo, que encabeça um movimento de protesto.

O premiê Mario Monti, que ocupa interinamente o cargo e é o favorito de investidores estrangeiros, foi o quarto mais digno de crédito, com apenas 1 ponto a mais do que Berlusconi.

De acordo com as pesquisas da SWG, a centro-esquerda tem o apoio de 33,6 % do eleitorado, 0,8 % a mais do que uma semana atrás, e 5,5 % à frente da coalizão de Berlusconi, de centro-direita, que também obteve apenas um pequeno aumento em relação à sondagem anterior.

O Partido Democrático (PD), o maior grupo de centro-esquerda, sofreu com um escândalo sobre as operações de derivativos turvas e alegações de corrupção no Monte dei Paschi banco, com o qual o partido tem ligações locais históricos na Toscana.

SWG na semana passada mostrou que perder 1,6 % de apoio sobre o escândalo, mas agora parece estar puxando para trás apoio.

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Roma - Uma nova pesquisa revelou que a maioria dos italianos não acredita nas promessas do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de cortar impostos, apesar de ele ter feito uma "proposta de choque" de reembolsar uma odiada taxa sobre habitação, em uma tentativa de última hora de vencer a eleição parlamentar deste mês.

Uma das sondagens, publicada pelo instituto SWG nesta terça-feira, também indicou que os principais candidatos de uma frente de centro-esquerda obtiveram uma leve recuperação, depois de terem perdido apoio por causa de um escândalo bancário.

Outra pesquisa, realizada pela empresa Demopolis na noite de segunda-feira, constatou que 51 % dos italianos não acreditam na promessa feita no fim de semana por Berlusconi, de abolir um imposto sobre a propriedade e reembolsar os contribuintes que já o pagaram.

Essa proposta de Berlusconi, candidato de centro-direita, foi ridicularizada por seus adversários, que a qualificaram como estratégia de compra de votos.

Afetado pelo envolvimento em um escândalo sexual, Berlusconi, de 76 anos, foi destituído do poder e substituído pelo tecnocrata Mario Monti em novembro de 2011, quando a Itália mergulhava numa crise de dívida no estilo grego.

Depois disso, o bilionário magnata da mídia passou a maior parte do ano de 2012 nas sombras, mas fez um retorno surpreendente em dezembro, a ponto de conseguir diminuir para 5 pontos de diferença a distância nas pesquisas entre os políticos de centro-direita e a centro-esquerda. Mas a maioria dos pesquisadores acha que ele ainda não conseguirá ganhar a eleição.


Mestre em comunicação, Berlusconi fez seu ressurgimento com base em uma blitz de aparições na televisão e ataques constantes aos aumentos de impostos feitos por Monti. Com isso, cresceu no país o espectro da instabilidade após a eleição, o que está começando a preocupar os investidores.

A pesquisa da SWG, feita na segunda-feira, mostrou que Berlusconi foi o menos digno de crédito em matéria de impostos entre todos os líderes políticos que disputarão a eleição de 24-25 fevereiro. Berlusconi convenceu com suas promessas apenas 18 % dos entrevistados.

O líder de centro-esquerda Pier Luigi Bersani foi o mais confiável, com 27 %, logo seguido pelo comediante Beppe Grillo, que encabeça um movimento de protesto.

O premiê Mario Monti, que ocupa interinamente o cargo e é o favorito de investidores estrangeiros, foi o quarto mais digno de crédito, com apenas 1 ponto a mais do que Berlusconi.

De acordo com as pesquisas da SWG, a centro-esquerda tem o apoio de 33,6 % do eleitorado, 0,8 % a mais do que uma semana atrás, e 5,5 % à frente da coalizão de Berlusconi, de centro-direita, que também obteve apenas um pequeno aumento em relação à sondagem anterior.

O Partido Democrático (PD), o maior grupo de centro-esquerda, sofreu com um escândalo sobre as operações de derivativos turvas e alegações de corrupção no Monte dei Paschi banco, com o qual o partido tem ligações locais históricos na Toscana.

SWG na semana passada mostrou que perder 1,6 % de apoio sobre o escândalo, mas agora parece estar puxando para trás apoio.

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