Itália: renúncia adiada; primeiro negro de Trump…
Itália: renúncia adiada O presidente italiano, Sergio Mattarella, pediu ao primeiro-ministro, Matteo Renzi, que adie sua renúncia até que a lei orçamentária de 2017 seja aprovada, “a fim de evitar os riscos” de um “governo provisório”. Após ter sua proposta de reforma constitucional rejeitada por 59,1% dos eleitores em um referendo no domingo, Renzi entregou […]
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 17h50.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h58.
Itália: renúncia adiada
O presidente italiano, Sergio Mattarella, pediu ao primeiro-ministro, Matteo Renzi, que adie sua renúncia até que a lei orçamentária de 2017 seja aprovada, “a fim de evitar os riscos” de um “governo provisório”. Após ter sua proposta de reforma constitucional rejeitada por 59,1% dos eleitores em um referendo no domingo, Renzi entregou seu pedido de renúncia nesta segunda-feira. “Não sou como os outros. Não vou ficar aqui por uma cadeira”, disse em discurso após a derrota. O adiamento da saída de Renzi irritou partidos de oposição, como o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e o ultranacionalista Liga Norte, que pedem eleições imediatas.
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Recontagem aberta
Apesar dos esforças da equipe de Donald Trump para barrar a recontagem dos votos da eleição presidencial, o processo já foi aceito em dois estados-chave, Wisconsin e Michigan, e foi aberto nesta segunda-feira na Pensilvânia. Nos três distritos, Trump perdeu por uma margem apertada e uma mudança nos resultados poderia afetar o resultado da eleição. O pedido foi liderado pela candidata do Partido Verde à Presidência, Jill Stein, que arrecadou mais de 3 milhões de dólares para iniciar os trâmites e afirma que a recontagem visa reafirmar a credibilidade do pleito.
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O primeiro negro
Após refletir por uma semana, o neurocirurgião Ben Carson aceitou o convite do presidente americano eleito, Donald Trump, para liderar o Departamento de Moradia e Desenvolvimento Urbano e tornou-se o primeiro negro a compor o futuro gabinete. Rivais questionam o despreparo de Carson, que nunca teve um cargo público, para gerenciar os 48 bilhões de dólares da pasta — o próprio Carson chegou a dizer que “sua vida não o havia preparado para ser um secretário”. Ex-rival de Trump, o médico concorreu nas primárias republicanas, mas desistiu de tentar se candidatar à Presidência e, desde então, é um conselheiro próximo a Trump.
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Irã e EUA: paz em risco com Trump?
Em visita a Berlim, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que, graças ao acordo nuclear costurado pelos Estados Unidos com o Irã no ano passado, “o mundo está mais seguro”. Pelo tratado, o Irã comprometeu-se a reduzir sua atividade nuclear e a permitir inspeções internacionais, em troca do fim de algumas sanções que prejudicavam sua economia. O presidente eleito, Donald Trump, considera a medida “um desastre” e “o pior acordo já negociado”, e Kerry afirmou que o presidente Barack Obama já abordou o sucessor sobre o assunto. “O acordo depende de todos nós para se manter vivo”, disse Kerry.
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Abalos diplomáticos
A Casa Branca diz ter reiterado ao governo chinês, durante o fim de semana, o “comprometimento” dos Estados Unidos com a unidade entre a China e a província de Taiwan. O tema causou polêmica após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, telefonar a Donald Trump na última sexta-feira parabenizando o futuro presidente pela vitória. Tsai Ing-wen é defensora da independência de Taiwan e, por isso, a conversa com Trump irritou a China.
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Abe em Pearl Harbor
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que vai visitar a base militar de Pearl Harbor, no Havaí, ao lado do presidente americano, Barack Obama, nos dias 26 e 27 de dezembro. Assim, Abe se tornará o primeiro premiê japonês a visitar o local. A data marca o 75º aniversário do ataque japonês à base militar, que matou 3.500 pessoas e foi responsável pela entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Em maio, Obama também fez história ao ser o primeiro presidente americano a visitar a cidade de Hiroshima, alvo de uma bomba nuclear americana no fim da guerra.
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O supermercado do futuro
A varejista Amazon anunciou a construção de um supermercado sem filas nem caixas em Seattle, nos Estados Unidos. Batizado de “Amazon Go”, o espaço de 167 metros quadrados usa sensores para distinguir o que cada consumidor retirou das prateleiras, e a cobrança é enviada diretamente a suas contas digitais da Amazon. O mercado deve ser aberto ao público no início do ano que vem, e o plano da empresa de Jeff Bezos é construir 2.000 lojas desse tipo na próxima década.