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Itália relaciona casos de câncer a lixo tóxico da máfia

Pesença de lixo tóxico tem gerado uma taxa mais alta que o normal de incidência de câncer e de mortes entre residentes da região de Nápoles

Representação de célula cancerígena: EGFR está relacionado com a capacidade do tumor de se multiplicar e migrar para outros locais (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2016 às 17h07.

Roma - Uma pesquisa encomendada pelo Parlamento italiano confirmou que a presença de lixo tóxico tem gerado uma taxa mais alta que o normal de incidência de câncer e de mortes entre residentes da região de Nápoles. O impacto na saúde é consequência de décadas de depósito ilegal de lixo tóxico pela organização mafiosa local, a Camorra.

A pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde considerou que há uma necessidade crítica de tratar dos bebês de províncias como Nápoles e Caserta que estão sendo hospitalizados no primeiro ano de vida por ocorrência "excessiva" de tumores, em especial tumores no cérebro.

O estudo culpa as taxas maiores do que o esperado de exposição a "uma combinação de agentes contaminantes do meio ambiente". A contaminação, diz a pesquisa, pode estar vindo de locais ilegais de depósito de lixo tóxico e da queima ilegal de lixo.

Moradores há muitos anos reclamam dos efeitos adversos do lixo para a saúde. A contaminação do subsolo afeta os poços que irrigam as plantações de vegetais responsáveis pelo abastecimento de boa parte do centro e sul da Itália. Ao longo dos anos, a polícia lacrou centenas de plantações porque seus poços de irrigação continham altos níveis de chumbo, arsênico e do solvente industrial tetracloreto.

Autoridades dizem que a contaminação ocorre devido a um negócio multibilionário da Camorra no depósito de lixo tóxico, a maioria com origem em indústrias da região rica do norte da Itália às quais não fazem perguntas sobre o destino do lixo desde que ele seja levado para longe. Nos últimos anos, ex-membros da Camorra revelaram como o esquema funcionava, com o direcionamento da polícia para endereços específicos onde o lixo era jogado.

Em 2014, uma lei determinou que o Instituto Nacional de Saúde, uma entidade pública pertencente ao Ministério da Saúde, reportasse as taxas de morte, hospitalização e câncer em 55 municípios da região.

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Roma - Uma pesquisa encomendada pelo Parlamento italiano confirmou que a presença de lixo tóxico tem gerado uma taxa mais alta que o normal de incidência de câncer e de mortes entre residentes da região de Nápoles. O impacto na saúde é consequência de décadas de depósito ilegal de lixo tóxico pela organização mafiosa local, a Camorra.

A pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Saúde considerou que há uma necessidade crítica de tratar dos bebês de províncias como Nápoles e Caserta que estão sendo hospitalizados no primeiro ano de vida por ocorrência "excessiva" de tumores, em especial tumores no cérebro.

O estudo culpa as taxas maiores do que o esperado de exposição a "uma combinação de agentes contaminantes do meio ambiente". A contaminação, diz a pesquisa, pode estar vindo de locais ilegais de depósito de lixo tóxico e da queima ilegal de lixo.

Moradores há muitos anos reclamam dos efeitos adversos do lixo para a saúde. A contaminação do subsolo afeta os poços que irrigam as plantações de vegetais responsáveis pelo abastecimento de boa parte do centro e sul da Itália. Ao longo dos anos, a polícia lacrou centenas de plantações porque seus poços de irrigação continham altos níveis de chumbo, arsênico e do solvente industrial tetracloreto.

Autoridades dizem que a contaminação ocorre devido a um negócio multibilionário da Camorra no depósito de lixo tóxico, a maioria com origem em indústrias da região rica do norte da Itália às quais não fazem perguntas sobre o destino do lixo desde que ele seja levado para longe. Nos últimos anos, ex-membros da Camorra revelaram como o esquema funcionava, com o direcionamento da polícia para endereços específicos onde o lixo era jogado.

Em 2014, uma lei determinou que o Instituto Nacional de Saúde, uma entidade pública pertencente ao Ministério da Saúde, reportasse as taxas de morte, hospitalização e câncer em 55 municípios da região.

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