Itália avalia outros gasodutos devido a crise na Líbia
O ministro da Indústria da Itália, Paolo Romani, afirmou que o país não corre risco de ter o abastecimento de gás natural comprometido pela crise na Líbia
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 12h09.
Roma - O ministro da Indústria da Itália, Paolo Romani, afirmou hoje que o país não corre risco de ter o abastecimento de gás natural comprometido pela crise na Líbia. No entanto, ele disse que o governo estuda a utilização da plena capacidade de importação de outros gasodutos.
"Não há problema com o gás", disse Romani após encontro com o comitê de monitoração de gás do país em Roma. Ele observou que o país tem a possibilidade de elevar a importação de gasodutos de outras rotas, como da Argélia, da Noruega e da Rússia, assim como de dois terminais de gás natural liquefeito.
Romani afirmou que os estoques de gás comercial da Itália também podem ser utilizados, se necessário. Os estoques comerciais estão estimados em cerca de 3,8 bilhões de metros cúbicos. "Podemos garantir aos consumidores e às companhias" o abastecimento de gás, disse Romani.
Ontem, a companhia italiana de petróleo e gás Eni SpA suspendeu parte de sua produção na Líbia, incluindo pelo duto que fornece cerca de 10% do gás natural consumido na Itália.
Romani disse hoje que os possíveis problemas na oferta de petróleo pela Líbia não preocupam a Itália, mesmo após o fechamento dos portos líbios, em consequência dos protestos contra o líder do governo, Muamar Kadafi.
Acredita-se que até 550 mil barris ao dia de produção de petróleo da Líbia esteja suspensa no momento - cerca de um terço da produção normal do país. Ao mesmo tempo, algumas tribos ameaçaram suspender as exportações de petróleo de regiões em que têm o controle. As informações são da Dow Jones.