Israelenses que moram no exterior viajam ao país para votar
Ao contrário do Brasil, dos EUA e de boa parte dos países europeus, Israel não permite que cidadãos que vivem fora do país participem das eleições
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2015 às 15h31.
Jerusalém - Milhares de cidadãos estão chegando a Israel nas últimas horas para poder participar das eleições desta terça-feira, um direito que só podem exercer dentro do país.
Poucas horas antes do início da votação, milhares de expatriados começaram a retornar a Israel, segundo a imprensa local.
Ao contrário do Brasil, dos Estados Unidos e de boa parte dos países europeus, Israel não permite que os cidadãos que vivem fora do território nacional participem das eleições.
Mas apesar de dificuldades como tempo, distância e custo das passagens (uma companhia chegou a oferecer 20% de desconto), muitos eleitores se deslocaram para o país.
É o caso de Nomi Drachinski, moradora de Madri. A razão de sua viagem é uma combinação de fatores e ela aproveitou que podia antecipar sua passagem sem custo adicional para chegar a tempo de votar.
"Viajo porque nasceu meu primeiro sobrinho e teoricamente iria mais tarde, mas pude mudar a passagem e troquei para poder votar", explicou à Agência Efe antes de tomar o voo com destino a Tel Aviv.
Professora de hebraico radicada na capital espanhola há um ano e meio, Drachinski disse que sempre considerou importante votar.
"Conforme vão se aproximando as eleições existe a sensação de que algo pode mudar, que podemos promover uma mudança", refletiu.
Drachinski afirmou que conhece pelo menos dois israelenses que vivem em Madri que também vão viajar para participar do pleito.
Embora não existam números oficiais sobre o número de israelenses que vão para o país para exercer seu direito ao voto, estas eleições despertaram interesse de muitos residentes no exterior, que criaram uma conta em Facebook, que tem quase mil seguidores.
Na página, os israelenses expatriados discutem política, suas sensações e postam fotos sobrevoando Tel Aviv.
A imprensa local também repercute a chegada dos cidadãos no aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, para descobrir o que motiva os expatriados.
O compromisso cívico parece ser a força motriz dos viajantes, entre eles o filho do antigo ministro das Finanças Yair Lapid, que voou de Cingapura para poder votar.
"Esta é uma grande oportunidade para fazer a mudança", afirmou Yael Shapira, natural de Jerusalém e que atualmente trabalha na Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Shapira contou que votará no partido de esquerda Meretz, segundo o jornal "Haaretz".
Seu compatriota Alan Teitleman, morador da Carolina do Norte (EUA) e professor de ciências políticas, permanecerá em Israel apenas 36 horas e cancelou dois dias de aulas para votar.
"Seria hipócrita se não votasse", afirmou o israelense, que ainda não se decidiu se apoiará o Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ou outros partidos de centro.
Já Shaked Shafir, que está há oito anos na Alemanha, não hesitou em voar para Israel.
"Esta é a primeira vez que venho votar desde que me mudei para Berlim", afirmou para o jornal "Ynet".
"Há muitos israelenses em Berlim que estão retornando para votar porque o que ocorre aqui é importante para eles", disse.
De acordo com dados do Escritório Central de Estatísticas, calcula-se que entre 549 mil e 582 mil israelenses morem atualmente no exterior, mais de um quarto deles nos Estados Unidos, 25 mil no Canadá, 14 mil na Alemanha, 13.500 no Reino Unido, mais de 10 mil na Austrália e 8.700 na França.
Outros locais que reúnem comunidades de israelenses incluem Holanda, Espanha, Suíça, Brasil, Chile e Equador.
Jerusalém - Milhares de cidadãos estão chegando a Israel nas últimas horas para poder participar das eleições desta terça-feira, um direito que só podem exercer dentro do país.
Poucas horas antes do início da votação, milhares de expatriados começaram a retornar a Israel, segundo a imprensa local.
Ao contrário do Brasil, dos Estados Unidos e de boa parte dos países europeus, Israel não permite que os cidadãos que vivem fora do território nacional participem das eleições.
Mas apesar de dificuldades como tempo, distância e custo das passagens (uma companhia chegou a oferecer 20% de desconto), muitos eleitores se deslocaram para o país.
É o caso de Nomi Drachinski, moradora de Madri. A razão de sua viagem é uma combinação de fatores e ela aproveitou que podia antecipar sua passagem sem custo adicional para chegar a tempo de votar.
"Viajo porque nasceu meu primeiro sobrinho e teoricamente iria mais tarde, mas pude mudar a passagem e troquei para poder votar", explicou à Agência Efe antes de tomar o voo com destino a Tel Aviv.
Professora de hebraico radicada na capital espanhola há um ano e meio, Drachinski disse que sempre considerou importante votar.
"Conforme vão se aproximando as eleições existe a sensação de que algo pode mudar, que podemos promover uma mudança", refletiu.
Drachinski afirmou que conhece pelo menos dois israelenses que vivem em Madri que também vão viajar para participar do pleito.
Embora não existam números oficiais sobre o número de israelenses que vão para o país para exercer seu direito ao voto, estas eleições despertaram interesse de muitos residentes no exterior, que criaram uma conta em Facebook, que tem quase mil seguidores.
Na página, os israelenses expatriados discutem política, suas sensações e postam fotos sobrevoando Tel Aviv.
A imprensa local também repercute a chegada dos cidadãos no aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, para descobrir o que motiva os expatriados.
O compromisso cívico parece ser a força motriz dos viajantes, entre eles o filho do antigo ministro das Finanças Yair Lapid, que voou de Cingapura para poder votar.
"Esta é uma grande oportunidade para fazer a mudança", afirmou Yael Shapira, natural de Jerusalém e que atualmente trabalha na Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Shapira contou que votará no partido de esquerda Meretz, segundo o jornal "Haaretz".
Seu compatriota Alan Teitleman, morador da Carolina do Norte (EUA) e professor de ciências políticas, permanecerá em Israel apenas 36 horas e cancelou dois dias de aulas para votar.
"Seria hipócrita se não votasse", afirmou o israelense, que ainda não se decidiu se apoiará o Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ou outros partidos de centro.
Já Shaked Shafir, que está há oito anos na Alemanha, não hesitou em voar para Israel.
"Esta é a primeira vez que venho votar desde que me mudei para Berlim", afirmou para o jornal "Ynet".
"Há muitos israelenses em Berlim que estão retornando para votar porque o que ocorre aqui é importante para eles", disse.
De acordo com dados do Escritório Central de Estatísticas, calcula-se que entre 549 mil e 582 mil israelenses morem atualmente no exterior, mais de um quarto deles nos Estados Unidos, 25 mil no Canadá, 14 mil na Alemanha, 13.500 no Reino Unido, mais de 10 mil na Austrália e 8.700 na França.
Outros locais que reúnem comunidades de israelenses incluem Holanda, Espanha, Suíça, Brasil, Chile e Equador.