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Israel quer solução real para tema nuclear iraniano

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu na necessidade de uma solução real para a crise nuclear iraniana

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (e), conversa com o presidente russo, Vladimir Putin: israelense continuou na Rússia sua ofensiva diplomática (Alexei Nikolsky/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 08h49.

Moscou - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu nesta quarta-feira na necessidade de uma "solução real" para a crise nuclear iraniana, após conversas com o presidente russo, Vladimir Putin .

Hostil a um acordo sobre o tema nuclear iraniano, o premier israelense continuou na Rússia sua "ofensiva diplomática", após ter recebido o presidente francês, François Hollande , em Jerusalém.

"Todos gostaríamos de uma solução diplomática, mas isso requer que seja uma solução real", frisou Netanyahu, na entrevista coletiva no Kremlin, depois de seu encontro com Putin.

Isso inclui, segundo o premier, o fim do programa iraniano de enriquecimento de urânio e do trabalho nas centrifugadoras, do mesmo modo que a Síria aceitou a destruição de seu arsenal de armas químicas.

Netanyahu acrescentou que o Irã deve realizar o enriquecimento de urânio em outro país e desmantelar uma central de produção de águas pesadas em Arak. Suspeita-se que uma bomba atômica esteja sendo fabricada nesse local.

"Achamos que é possível conseguir um acordo melhor, mas isso exige determinação", insistiu Netanyahu.

Israel nunca excluiu a possibilidade de recorrer à força contra o programa nuclear do Irã.

Já o presidente Putin disse esperar que se chegue a uma solução aceitável para por fim à crise.

"Como mostraram as consultas em Genebra, há uma possibilidade de alcançá-la (uma solução). Espero que as conversas retomadas hoje em Genebra tragam resultados", declarou Putin, na coletiva de imprensa ao lado de Netanyahu.

Antes de seguir para Moscou nesta quarta-feira, na companhia de Netanyahu, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Zeev Elkin, comentou que seu país não espera uma mudança radical na posição russa sobre o tema.

"A Rússia não está no ponto de aderir à posição israelense. Mas qualquer leve mudança pode influenciar o conjunto do processo", explicou.

O secretário de Estado americano, John Kerry, garantiu, por sua vez, que os Estados Unidos não permitirão que um eventual acordo com o Irã sirva a Teerã para ganhar tempo e aumentar sua capacidade nuclear.

"Não permitiremos que esse acordo, se for alcançado (...) sirva para ganhar tempo, ou se transforme em um acordo que não dissipe adequadamente nossas preocupações fundamentais", disse Kerry aos jornalistas nesta quarta.

Essas negociações "são a melhor oportunidade em uma década (...) para deter o avanço e reduzir o programa do Irã", afirmou o chefe da diplomacia americana, após uma reunião junto com o secretário da Defesa, Chuck Hagel, e as respectivas autoridades australianas.

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Moscou - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu nesta quarta-feira na necessidade de uma "solução real" para a crise nuclear iraniana, após conversas com o presidente russo, Vladimir Putin .

Hostil a um acordo sobre o tema nuclear iraniano, o premier israelense continuou na Rússia sua "ofensiva diplomática", após ter recebido o presidente francês, François Hollande , em Jerusalém.

"Todos gostaríamos de uma solução diplomática, mas isso requer que seja uma solução real", frisou Netanyahu, na entrevista coletiva no Kremlin, depois de seu encontro com Putin.

Isso inclui, segundo o premier, o fim do programa iraniano de enriquecimento de urânio e do trabalho nas centrifugadoras, do mesmo modo que a Síria aceitou a destruição de seu arsenal de armas químicas.

Netanyahu acrescentou que o Irã deve realizar o enriquecimento de urânio em outro país e desmantelar uma central de produção de águas pesadas em Arak. Suspeita-se que uma bomba atômica esteja sendo fabricada nesse local.

"Achamos que é possível conseguir um acordo melhor, mas isso exige determinação", insistiu Netanyahu.

Israel nunca excluiu a possibilidade de recorrer à força contra o programa nuclear do Irã.

Já o presidente Putin disse esperar que se chegue a uma solução aceitável para por fim à crise.

"Como mostraram as consultas em Genebra, há uma possibilidade de alcançá-la (uma solução). Espero que as conversas retomadas hoje em Genebra tragam resultados", declarou Putin, na coletiva de imprensa ao lado de Netanyahu.

Antes de seguir para Moscou nesta quarta-feira, na companhia de Netanyahu, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Zeev Elkin, comentou que seu país não espera uma mudança radical na posição russa sobre o tema.

"A Rússia não está no ponto de aderir à posição israelense. Mas qualquer leve mudança pode influenciar o conjunto do processo", explicou.

O secretário de Estado americano, John Kerry, garantiu, por sua vez, que os Estados Unidos não permitirão que um eventual acordo com o Irã sirva a Teerã para ganhar tempo e aumentar sua capacidade nuclear.

"Não permitiremos que esse acordo, se for alcançado (...) sirva para ganhar tempo, ou se transforme em um acordo que não dissipe adequadamente nossas preocupações fundamentais", disse Kerry aos jornalistas nesta quarta.

Essas negociações "são a melhor oportunidade em uma década (...) para deter o avanço e reduzir o programa do Irã", afirmou o chefe da diplomacia americana, após uma reunião junto com o secretário da Defesa, Chuck Hagel, e as respectivas autoridades australianas.

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