Benjamin Netanyahu: "Quem deve ser julgado são os dirigentes da Autoridade Palestina que se aliaram com os criminosos", disse o primeiro ministro de Israel (Dan Balilty/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 08h43.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu neste domingo que seu país se oporá a todo julgamento contra seus soldados no Tribunal Penal Internacional (TPI), ao qual os palestinos pediram adesão na última sexta-feira.
"Não permitiremos que os soldados e os oficiais do Tsahal (exército israelense) sejam levados ao tribunal de Haia", declarou Netanyahu no conselho de ministros semanal.
No sábado, Israel reagiu à ofensiva diplomática dos palestinos suspendendo o pagamento de mais de 100 milhões de euros de impostos arrecadados à Autoridade Nacional Palestina.
"Quem deve ser julgado são os dirigentes da Autoridade Palestina que se aliaram com os criminosos de guerra do Hamas", disse o primeiro-ministro, que acusa o movimento islamita de ter usado moradores de Gaza como escudos humanos durante a última guerra na Faixa de Gaza, entre julho e agosto do ano passado.
"Os soldados do Tsahal continuarão defendendo o Estado de Israel com valentia e determinação, e da mesma forma que nos protegem, os protegeremos", prometeu.
A suspensão da entrega dos 106 milhões de euros pode ser a primeira de uma série de medidas de represália dos israelenses após o pedido de adesão dos palestinos ao TPI.
O tribunal, criado em 2002, tem poder para investigar crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade cometidos a partir desse ano.