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Israel mantém preparativos para atacar Irã, diz jornal

Israel mantém os preparativos para um possível ataque contra as instalações nucleares iranianas em 2014, afirma o jornal Haretz


	O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: segundo o jornal, Netanyahu instruiu as forças armadas a prepararem um plano de ataque
 (Gali Tibbon/AFP)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu: segundo o jornal, Netanyahu instruiu as forças armadas a prepararem um plano de ataque (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 09h04.

Jerusalém - Israel mantém os preparativos para um possível ataque contra as instalações nucleares iranianas em 2014, apesar da via diplomática que o Ocidente abriu com o regime de Teerã, informou nesta quinta-feira o jornal "Haretz".

Segundo o jornal, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instruiu recentemente as forças armadas a prepararem um plano neste sentido avaliado em cerca de US$ 3 bilhões.

As informações foram fornecidas ao jornal por testemunhas presentes nas sessões do parlamento israelense realizadas em janeiro e fevereiro, nas quais os planos para o exército foram tratados.

O orçamento destinado para Israel para a eventual ação contra o Irã é similar ao aprovado com o mesmo objetivo no ano passado, afirmou o jornal.

Israel desconfia dos esforços negociadores da comunidade internacional para frear o programa nuclear iraniano, e defende que a solução deve passar por eliminar totalmente a capacidade do país de enriquecer elementos necessário para a fabricação da bomba atômica.

Para Israel, o programa nuclear do Irã tem fins bélicos. Os dirigentes israelenses não escondem seu ceticismo diante das intenções nucleares do Irã, apesar do acordo interino alcançado entre o Grupo 5+1 e Teerã em novembro do ano passado e as negociações ainda em curso para controlar o enriquecimento de urânio em usinas iranianas e evitar a fabricação de uma arma atômica.

As conversas entre Irã e as potências ocidentais serão retomadas nas próximas semanas para debater questões como quanto urânio enriquecido, de uso civil e militar, deve-se permitir ao Irã processar; que tipo de instalações atômicas pode ter e como esclarecer as dúvidas sobre a possível dimensão militar de seus esforços nucleares.

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