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Israel diz que apresentou "alternativa prática" para acordo

Em resposta ao presidente dos EUA, Barack Obama, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o possível fim das sanções ao Irã

O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu: "A proposta também estipula que não se retire automaticamente as sanções ao Irã" (Jack Guez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 09h44.

Tel Aviv - Em reação às críticas do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que havia apresentado uma "alternativa prática" para um acordo nuclear internacional que está sendo negociado com o Irã.

Após desembarcar em Israel , depois de fazer um discurso no Congresso dos Estados Unidos na terça-feira --um pronunciamento que Obama disse não ter apresentado “nenhuma alternativa viável" a um acordo que está sendo negociado com o Irã--, Netanyahu expressou satisfação pelo fato de sua mensagem ter sido transmitida ao mundo todo.

"Eu propus uma alternativa prática no meu discurso no Congresso, uma que prolonga, por anos, o tempo que levaria ao Irã para fabricar uma arma nuclear, se decidir violar o acordo, mediante a imposição de sanções mais duras", afirmou.

"A proposta também estipula que não se retire automaticamente as sanções ao Irã, até que pare de espalhar o terrorismo pelo mundo, de agredir os seus vizinhos e ameaçar aniquilar Israel", disse Netanyahu, em uma declaração por escrito.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler do Irã Mohammad Javad Zarif iniciaram nesta quarta-feira seu terceiro dia de conversações, na cidade suíça de Montreux, na esperança de fechar o formato de um acordo até o final de março.

Mas as duras críticas feitas por Netanyahu à forma como os EUA estavam lidando com as negociações com o Irã poderiam tornar mais difícil para o governo Obama conseguir apoio para o potencial acordo em casa.

Netanyahu foi alvo de fortes críticas do governo dos Estados Unidos e também em Israel por seu discurso no Congresso dos EUA, que a Casa Branca acusou de ter injetado partidarismo destrutivo nas relações entre os dois países.

A oposição republicana, que controla o Congresso, convidou Netanyahu para falar no plenário da Casa sem consultar Obama ou outros representantes dos democratas.

A líder da bancada democrata, Nancy Pelosi, chamou o discurso de "um insulto à inteligência dos Estados Unidos" e disse ter ficado tão "triste com a condescendência para com o nosso conhecimento sobre a ameaça representada pelo Irã" que estava à beira das lágrimas.

Assim como cerca de 60 dos 232 membros democratas do Congresso, ela se ausentou durante o discurso.

Em Israel, os críticos disseram que o discurso prejudicou a aliança estratégica de Israel com os Estados Unidos e tinha como objetivo chamar a atenção dos eleitores para Netanyahu dias antes das eleições gerais, marcadas para 17 de março.

"Israel é um país forte, um aliado dos Estados Unidos, ou pelo menos era, até Netanyahu decidir estragar isso para atender às suas necessidades políticas", afirmou Tzipi Livni, que lidera o partido centrista União Sionista e concorre contra Netanyahu, do direitista Likud, em declaração à Rádio Israel. "Precisamos consertar o relacionamento", disse.

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Tel Aviv - Em reação às críticas do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que havia apresentado uma "alternativa prática" para um acordo nuclear internacional que está sendo negociado com o Irã.

Após desembarcar em Israel , depois de fazer um discurso no Congresso dos Estados Unidos na terça-feira --um pronunciamento que Obama disse não ter apresentado “nenhuma alternativa viável" a um acordo que está sendo negociado com o Irã--, Netanyahu expressou satisfação pelo fato de sua mensagem ter sido transmitida ao mundo todo.

"Eu propus uma alternativa prática no meu discurso no Congresso, uma que prolonga, por anos, o tempo que levaria ao Irã para fabricar uma arma nuclear, se decidir violar o acordo, mediante a imposição de sanções mais duras", afirmou.

"A proposta também estipula que não se retire automaticamente as sanções ao Irã, até que pare de espalhar o terrorismo pelo mundo, de agredir os seus vizinhos e ameaçar aniquilar Israel", disse Netanyahu, em uma declaração por escrito.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler do Irã Mohammad Javad Zarif iniciaram nesta quarta-feira seu terceiro dia de conversações, na cidade suíça de Montreux, na esperança de fechar o formato de um acordo até o final de março.

Mas as duras críticas feitas por Netanyahu à forma como os EUA estavam lidando com as negociações com o Irã poderiam tornar mais difícil para o governo Obama conseguir apoio para o potencial acordo em casa.

Netanyahu foi alvo de fortes críticas do governo dos Estados Unidos e também em Israel por seu discurso no Congresso dos EUA, que a Casa Branca acusou de ter injetado partidarismo destrutivo nas relações entre os dois países.

A oposição republicana, que controla o Congresso, convidou Netanyahu para falar no plenário da Casa sem consultar Obama ou outros representantes dos democratas.

A líder da bancada democrata, Nancy Pelosi, chamou o discurso de "um insulto à inteligência dos Estados Unidos" e disse ter ficado tão "triste com a condescendência para com o nosso conhecimento sobre a ameaça representada pelo Irã" que estava à beira das lágrimas.

Assim como cerca de 60 dos 232 membros democratas do Congresso, ela se ausentou durante o discurso.

Em Israel, os críticos disseram que o discurso prejudicou a aliança estratégica de Israel com os Estados Unidos e tinha como objetivo chamar a atenção dos eleitores para Netanyahu dias antes das eleições gerais, marcadas para 17 de março.

"Israel é um país forte, um aliado dos Estados Unidos, ou pelo menos era, até Netanyahu decidir estragar isso para atender às suas necessidades políticas", afirmou Tzipi Livni, que lidera o partido centrista União Sionista e concorre contra Netanyahu, do direitista Likud, em declaração à Rádio Israel. "Precisamos consertar o relacionamento", disse.

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