Israel congela projetos de novas colônias na Cisjordânia
O objetivo é facilitar os esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz com os palestinos
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2013 às 12h30.
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o congelamento dos projetos de construção de novas colônias judaicas na Cisjordânia, com o objetivo de facilitar os esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz com os palestinos , informaram a imprensa local e uma ONG israelense.
Netanyahu anunciou a decisão há alguns dias ao ministro da Habitação, Uri Ariel, membro do Lar Judeu, partido ultranacionalista religioso favorável à colonização.
O site do jornal Haaretz explicou que Netanyahu havia prometido em março ao secretário de Estado americano, John Kerry, "restringir" a colonização.
O primeiro-ministro aceitou esperar entre oito e 12 semanas, ou seja, até meados de junho, antes de publicar novas licitações para construir novas residências nas colônias judaicas, informou o Haaretz.
A rádio militar considerou ainda que o gesto responde aos esforços do presidente americano Barack Obama e de John Kerry para reativar as negociações entre Israel e os palestinos, bloqueadas desde setembro de 2010.
Os palestinos exigem um congelamento total da colonização para retomar as negociações.
O gabinete do primeiro-ministro, que está em viagem a China, se negou a comentar as informações.
O ministro da Habitação, Uri Ariel, não confirmou nem desmentiu a informação.
"Não tenho a intenção de revelar o conteúdo de minhas conversas com o primeiro-ministro", afirmou o ministro.
Mas ele não descartou a possibilidade de seu partido votar contra o projeto de orçamento, que será apresentado na próxima semana, caso a construção de novas colônias seja congelada.
Uma deputada do Lar Judeu, Ayalet Shaked, disse que o ministério preparou milhares de autorizações de assentamentos na área de Judeia e Samaria, na Cisjordânia.
"Mas para que as autorizações virem construções é indispensável a assinatura do primeiro-ministro, e por razões não explicadas ainda não assinou", disse a deputada.
Hagit Ofran, do movimento Paz Agora, uma ONG israelense contrária à colonização, confirmou à AFP que o governo não publicou nenhuma licitação para as colônias da Cisjordânia e Jerusalém Leste desde o início do ano.
"Antes as licitações eram publicadas em média a cada três semanas", disse Ofran.
"Não se trata de um congelamento da colonização, já que as obras em curso seguem adiante, mas podemos falar de uma atitude reservada da parte de Benjamin Netanyahu, que não deseja que os americanos o acusem de um eventual fracasso de suas tentativas de reativar as negociações com os palestinos", completou Ofran.
Segundo o jornal Haaretz, Kerry pediu às duas partes que concedam dois meses para que ele tente aproximar as posições.
Em troca, o governo palestino teria concordado em suspender durante este prazo as gestões para aderir a organismos internacionais, incluindo as instâncias judiciais suscetíveis de acusar Israel, como autoriza o estatuto de Estado observador da ONU que a Palestina obteve em novembro.
Publicamente, até o momento, Netanyahu rejeitou a ideia de congelar a colonização.
A rádio militar destacou que as licitações em espera envolvem os grandes blocos de assentamentos onde vivem a maioria dos 360.000 colonos na Cisjordânia ocupada.
*Matéria atualizada às 12h29
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o congelamento dos projetos de construção de novas colônias judaicas na Cisjordânia, com o objetivo de facilitar os esforços dos Estados Unidos para reativar as negociações de paz com os palestinos , informaram a imprensa local e uma ONG israelense.
Netanyahu anunciou a decisão há alguns dias ao ministro da Habitação, Uri Ariel, membro do Lar Judeu, partido ultranacionalista religioso favorável à colonização.
O site do jornal Haaretz explicou que Netanyahu havia prometido em março ao secretário de Estado americano, John Kerry, "restringir" a colonização.
O primeiro-ministro aceitou esperar entre oito e 12 semanas, ou seja, até meados de junho, antes de publicar novas licitações para construir novas residências nas colônias judaicas, informou o Haaretz.
A rádio militar considerou ainda que o gesto responde aos esforços do presidente americano Barack Obama e de John Kerry para reativar as negociações entre Israel e os palestinos, bloqueadas desde setembro de 2010.
Os palestinos exigem um congelamento total da colonização para retomar as negociações.
O gabinete do primeiro-ministro, que está em viagem a China, se negou a comentar as informações.
O ministro da Habitação, Uri Ariel, não confirmou nem desmentiu a informação.
"Não tenho a intenção de revelar o conteúdo de minhas conversas com o primeiro-ministro", afirmou o ministro.
Mas ele não descartou a possibilidade de seu partido votar contra o projeto de orçamento, que será apresentado na próxima semana, caso a construção de novas colônias seja congelada.
Uma deputada do Lar Judeu, Ayalet Shaked, disse que o ministério preparou milhares de autorizações de assentamentos na área de Judeia e Samaria, na Cisjordânia.
"Mas para que as autorizações virem construções é indispensável a assinatura do primeiro-ministro, e por razões não explicadas ainda não assinou", disse a deputada.
Hagit Ofran, do movimento Paz Agora, uma ONG israelense contrária à colonização, confirmou à AFP que o governo não publicou nenhuma licitação para as colônias da Cisjordânia e Jerusalém Leste desde o início do ano.
"Antes as licitações eram publicadas em média a cada três semanas", disse Ofran.
"Não se trata de um congelamento da colonização, já que as obras em curso seguem adiante, mas podemos falar de uma atitude reservada da parte de Benjamin Netanyahu, que não deseja que os americanos o acusem de um eventual fracasso de suas tentativas de reativar as negociações com os palestinos", completou Ofran.
Segundo o jornal Haaretz, Kerry pediu às duas partes que concedam dois meses para que ele tente aproximar as posições.
Em troca, o governo palestino teria concordado em suspender durante este prazo as gestões para aderir a organismos internacionais, incluindo as instâncias judiciais suscetíveis de acusar Israel, como autoriza o estatuto de Estado observador da ONU que a Palestina obteve em novembro.
Publicamente, até o momento, Netanyahu rejeitou a ideia de congelar a colonização.
A rádio militar destacou que as licitações em espera envolvem os grandes blocos de assentamentos onde vivem a maioria dos 360.000 colonos na Cisjordânia ocupada.
*Matéria atualizada às 12h29