Israel aceita proposta de cessar-fogo do Egito
O país aceitou a proposta para um cessar-fogo com as facções armadas na Faixa de Gaza
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 06h22.
Jerusalém - O gabinete político e de segurança de Israel aceitou nesta terça-feira a proposta para um cessar-fogo com as facções armadas na Faixa de Gaza feita pelo Egito , informou o Escritório do Primeiro-ministro israelense em comunicado.
De acordo com a nota, enviada por SMS, o gabinete, que se encontrava reunido em Jerusalém desde o início do dia, aceitou suspender as hostilidades a partir das 9h locais (3h de Brasília).
O Egito apresentou na segunda-feira uma iniciativa para dar uma solução ao conflito entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, que estabelece a trégua entre ambas as partes a partir desta manhã, além de reuniões no Cairo, a capital egípcia nos próximos dias.
O plano convocou todas as partes para "um cessar-fogo imediato", de qualquer operação aérea, terrestre e marítima.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, louvou ontem a iniciativa do Egito e disse que espera que a proposta do país árabe ajude a restabelecer a calma na região.
"Uma escalada maior não beneficia a ninguém, muito menos a israelenses e palestinos. Faremos tudo o que for possível para facilitar o retorno ao cessar-fogo de 2012", disse Obama.
O popular jornal israelense "Yedioth Ahronoth" antecipou hoje em sua capa que a proposta egípcia seria aceita, apesar de alguns membros do gabinete israelense serem contrários à iniciativa.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, deu boas vindas à proposta e agradeceu ao Egito por seus esforços para restaurar a calma na região, informou a imprensa local.
Os líderes do Hamas em Gaza e no exterior, por sua vez, se mostraram reticentes a aceitar a proposta do Cairo, por causa de sua relutância em concordar com um cessar-fogo antes de um acordo de trégua mais amplo.
O Ministério da Saúde em Gaza informou hoje que o número de mortos no território palestino subiu para 189, enquanto os feridos se aproximam de 1,4 mil e mais de 250 casas foram destruídas em oito dias de conflito.