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Isolamento britânico uma semana antes poderia ter reduzido mortes em 50%

A avaliação é de um ex-membro do grupo de aconselhamento científico do governo do Reino Unido; país já tem 40 mil casos de coronavírus

Coronavírus: Reino Unido foi um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19 no mundo (Aaron Chown/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 10 de junho de 2020 às 16h45.

O número de mortes causadas pela covid-19 no Reino Unido poderia ter sido reduzido pela metade se o isolamento tivesse sido adotado uma semana antes, disse um ex-membro do grupo de aconselhamento científico do governo britânico nesta quarta-feira.

O país tem uma contagem oficial de mais de 40 mil casos confirmados de covid-19, que ultrapassa 50 mil quando as mortes de casos suspeitos são incluídas.

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O primeiro-ministro, Boris Johnson, impôs o isolamento em 23 de março. O epidemiologista Neil Ferguson disse a parlamentares que o Reino Unido adotou as medidas certas, mas tarde demais.

"A epidemia estava dobrando a cada três ou quatro dias antes de as intervenções do isolamento serem introduzidas. Então, se tivéssemos introduzido as medidas de isolamento uma semana antes, teríamos reduzido o número final de mortes a menos pela metade".

"Então, enquanto eu acho que as medidas... eram justificadas... certamente, se as tivéssemos introduzido mais cedo, teríamos visto muitas mortes a menos."

Ferguson, professor do Imperial College de Londres, criou um modelo que influenciou a reação britânica à pandemia, mas mais tarde se desligou do Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências (Sage) por ter sido acusado de violar as regras do isolamento.

Seus comentários ecoaram aqueles de outro conselheiro científico, John Edmunds, que no final de semana disse que o Reino Unido deveria ter entrado em isolamento mais cedo.

Johnson disse ser cedo demais para dizer quais arrependimentos teve ou quais lições poderia aprender com o enfrentamento da pandemia.

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