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Iraniana desfigurada perdoa homem que atirou ácido em seu rosto

Pelas leis islâmicas iranianas, a sentença seria administrada neste domingo em um hospital de Teerã quando, minutos antes, Ameneh perdoou o homem

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional (AI) insistiram em pedir que a sentença não fosse executada, por qualificarem a mesma de desumana (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2011 às 12h20.

Teerã - Ameneh Bahrami, a mulher iraniana que ficou desfigurada e cega depois de um homem jogar ácido contra o seu rosto há sete anos por ela ter dito não ao seu pedido de casamento o perdoou neste domingo, minutos antes dele perder a visão com ácido de acordo com a chamada Lei de Talião.

Pelas leis islâmicas iranianas, a sentença seria administrada neste domingo em um hospital de Teerã quando, minutos antes, Ameneh perdoou o homem, Majid Mohavedi, de 29 anos, indicou a agência de notícias "Fars".

Com base nas informações da agência, agora Movahedi voltará à prisão para cumprir a pena de detenção por tempo indeterminado.

Já a agência estudantil "Isna" citou declarações de Bahrami: "lutei sete anos para conseguir esta condenação e ver a pessoa que me jogou ácido ser punida como 'olho por olho'".

À televisão iraniana "IRIB", ela declarou que o havia perdoado porque "nunca buscou a vingança, mas uma compensação", que pela imprensa local será de 150 mil euros, para cobrir as despesas médicas, e não os 2 dois milhões de euros que havia solicitado.

Em 23 de maio, o procurador-geral do Irã e porta-voz do Poder Judiciário, Gholam Hossein Mohseni-Ejei, informou que a pena contra Movahedi, condenado a perder a visão com ácido sulfúrico, era firme e inapelável.

O fato remonta a 2004, quando Movahedi, um pretendente rejeitado, jogou ácido sulfúrico no rosto de sua colega, Ameneh, porque ela havia não aceitou suas insistentes propostas de casamento.

Em 2008, um tribunal condenou o agressor a receber dez gotas da mesma substância em cada olho. A lei permite a vítima obter a vingança ou perdoar o agressor.

A pena deveria ser aplicada pela própria Ameneh, de 32 anos, quem havia declarado ao jornal local "Armam" que estava disposta a ceder em troca de compensação de 2 milhões de euros.


O condenado reconheceu ter sido o autor da agressão e disse que cometeu o ato insano por amor: "quando pedi a sua mão e ela me disse que iria casar-se com outra pessoa, eu pensei em jogar ácido no rosto dela para que o namorado a abandonasse".

Ameneh morou no ano de 2009 em Barcelona, onde foi submetida a diferentes cirurgias nos olhos e no rosto, mas os médicos não conseguiram salvar a visão de um de seus olhos.

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional (AI) insistiram em pedir que a sentença não fosse executada, por qualificarem a mesma de desumana. EFE

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Teerã - Ameneh Bahrami, a mulher iraniana que ficou desfigurada e cega depois de um homem jogar ácido contra o seu rosto há sete anos por ela ter dito não ao seu pedido de casamento o perdoou neste domingo, minutos antes dele perder a visão com ácido de acordo com a chamada Lei de Talião.

Pelas leis islâmicas iranianas, a sentença seria administrada neste domingo em um hospital de Teerã quando, minutos antes, Ameneh perdoou o homem, Majid Mohavedi, de 29 anos, indicou a agência de notícias "Fars".

Com base nas informações da agência, agora Movahedi voltará à prisão para cumprir a pena de detenção por tempo indeterminado.

Já a agência estudantil "Isna" citou declarações de Bahrami: "lutei sete anos para conseguir esta condenação e ver a pessoa que me jogou ácido ser punida como 'olho por olho'".

À televisão iraniana "IRIB", ela declarou que o havia perdoado porque "nunca buscou a vingança, mas uma compensação", que pela imprensa local será de 150 mil euros, para cobrir as despesas médicas, e não os 2 dois milhões de euros que havia solicitado.

Em 23 de maio, o procurador-geral do Irã e porta-voz do Poder Judiciário, Gholam Hossein Mohseni-Ejei, informou que a pena contra Movahedi, condenado a perder a visão com ácido sulfúrico, era firme e inapelável.

O fato remonta a 2004, quando Movahedi, um pretendente rejeitado, jogou ácido sulfúrico no rosto de sua colega, Ameneh, porque ela havia não aceitou suas insistentes propostas de casamento.

Em 2008, um tribunal condenou o agressor a receber dez gotas da mesma substância em cada olho. A lei permite a vítima obter a vingança ou perdoar o agressor.

A pena deveria ser aplicada pela própria Ameneh, de 32 anos, quem havia declarado ao jornal local "Armam" que estava disposta a ceder em troca de compensação de 2 milhões de euros.


O condenado reconheceu ter sido o autor da agressão e disse que cometeu o ato insano por amor: "quando pedi a sua mão e ela me disse que iria casar-se com outra pessoa, eu pensei em jogar ácido no rosto dela para que o namorado a abandonasse".

Ameneh morou no ano de 2009 em Barcelona, onde foi submetida a diferentes cirurgias nos olhos e no rosto, mas os médicos não conseguiram salvar a visão de um de seus olhos.

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional (AI) insistiram em pedir que a sentença não fosse executada, por qualificarem a mesma de desumana. EFE

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