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Irã quer responder a preocupação do Ocidente com reator

Irã está disposto a responder às preocupações ocidentais envolvendo o reator de água pesada de Arak

Ali Akbar Salehi, da OIEA (E) e o chefe da AIEA, Yukiya Amano: "podemos fazer algumas modificações nos planos (do reator)", disse Salehi (Atta Kenare/AFP)

Ali Akbar Salehi, da OIEA (E) e o chefe da AIEA, Yukiya Amano: "podemos fazer algumas modificações nos planos (do reator)", disse Salehi (Atta Kenare/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 12h06.

Teerã - O Irã está disposto a "responder às preocupações" ocidentais envolvendo o reator de água pesada de Arak, declarou Ali Akbar Salehi, diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), segundo o texto de uma entrevista ao canal iraniano Press-TV nesta quinta-feira.

"Podemos fazer algumas modificações nos planos (do reator) para produzir menos plutônio, o que responderá às inquietações" dos ocidentais sobre uma possível produção deste material nuclear, que poderia ser utilizado para fabricar uma bomba atômica, declarou Salehi.

"O reator de água pesada de Arak não foi (construído especialmente) para fabricar plutônio", acrescentou.

"É um reator de pesquisa destinado a produzir radioisótopos para os doentes de câncer e realizar testes de combustíveis nucleares", disse.

"Este reator não produzirá plutônio apto para uso militar Produzirá cerca de 9 quilos de plutônio (anuais), mas não será plutônio apto para uso militar", ressaltou.

Segundo Salehi, para poder utilizar com fins militares o plutônio de Arak, seria necessária "uma usina de reprocessamento". "Não temos usina de reprocessamento e não temos a intenção de construir" uma instalação deste tipo, afirmou.

Ao ser perguntado por que o Irã não fecha este reator, contestou: "É uma conquista científica, uma conquista tecnológica (...) Não vemos nenhum motivo para deter as obras neste reator", que poderá funcionar dentro de três anos.

O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) devem retomar nos dias 18 e 19 de fevereiro as negociações para tentar chegar a um acordo final sobre o programa nuclear de Teerã.

Após um acordo provisório assinado em novembro em Genebra e que entrou em vigor em 20 de janeiro, a comunidade internacional suspendeu parte das sanções econômicas contra o Irã em troca de uma suspensão parcial das atividades nucleares.

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