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Irã indica "progressos significativos" em negociação nuclear

As discussões estão emperradas em três pontos-chave: a duração do acordo, o fim das sanções da ONU e o mecanismo de garantia e controle

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 12h33.

Lausanne - Após uma nova noite de negociações em Lausanne sobre o programa nuclear iraniano, e apesar dos progressos "significativos" registrados nas últimas horas, o anúncio de um acordo entre Teerã e as grandes potências parece ainda distante.

"Ainda não temos nenhum resultado final", declarou à imprensa o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, que indicou que as potências ocidentais "têm que estudar entre si os resultados das negociações".

"Isto pode passar desta manhã. Caso as soluções sejam aprovadas, deve acontecer uma declaração conjunta feita por mim e por (Federica) Mogherini", disse, a respeito da chefe da diplomacia da União Europeia .

O grupo 5+1, integrado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, França) e a Alemanha, negocia com o Irá há vários dias em Lausanne para tentar alcançar um acordo de princípio sobre o programa nuclear iraniano, que permita avançar a um texto final até 30 de junho.

A comunidade internacional quer frear o programa nuclear iraniano e controlar de perto para garantir que Teerã não se dotará de uma bomba atômica, em troca de um levantamento das sanções internacionais.

"Por enquanto, o plano é preparar uma declaração, isso precisa ser feito e devemos fazê-lo", disse Zarif.

Para além das questões-chave que estão no centro das negociações, os protagonistas também devem concordar com a formulação e a maneira como será anunciado um acordo.

"Este é um acordo-quadro. Não é para resolver a questão de forma definitiva, é para definir os parâmetros do acordo final e esclarecer todos os pontos com precisão para evitar, tanto quanto possível, ambiguidades e garantir dissonâncias mínimas", ressaltou, por sua vez, um diplomata ocidental.

Mesmo que os negociadores alcancem um acordo sobre todos os grandes pontos, definindo diretrizes bastante precisas, todos os detalhes técnicos desta complexa questão devem ser esclarecidos e finalizados para este acordo final em 30 de junho

"Chegar a um acordo até o final de junho será um trabalho difícil e enorme", ressaltou Zarif nesta quinta de manhã.

As discussões estão emperradas em três pontos-chave: a duração do acordo, o fim das sanções da ONU e o mecanismo de garantia e controle.

Como todos os dias desde domingo, Israel, que se opõe categoricamente a qualquer compromisso com o Irã , voltou a denunciar as negociações.

O ministro israelense da Inteligência, Yuval Steintz, afirmou nesta quinta-feira que a opção militar permanece sobre a mesa para seu país ante a ameaça de um Irã com armamento nuclear, enquanto as negociações sobre o programa nuclear iraniano prosseguem na Suíça.

Ao ser questionado sobre um possível ataque israelense contra o Irã em caso de acordo, Steinitz, próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse à rádio pública que o país atuaria no campo da diplomacia e da inteligência.

"Mas, se não tivermos opção, não teremos escolha [...] a opção militar está sobre a mesa".

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Lausanne - Após uma nova noite de negociações em Lausanne sobre o programa nuclear iraniano, e apesar dos progressos "significativos" registrados nas últimas horas, o anúncio de um acordo entre Teerã e as grandes potências parece ainda distante.

"Ainda não temos nenhum resultado final", declarou à imprensa o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, que indicou que as potências ocidentais "têm que estudar entre si os resultados das negociações".

"Isto pode passar desta manhã. Caso as soluções sejam aprovadas, deve acontecer uma declaração conjunta feita por mim e por (Federica) Mogherini", disse, a respeito da chefe da diplomacia da União Europeia .

O grupo 5+1, integrado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, França) e a Alemanha, negocia com o Irá há vários dias em Lausanne para tentar alcançar um acordo de princípio sobre o programa nuclear iraniano, que permita avançar a um texto final até 30 de junho.

A comunidade internacional quer frear o programa nuclear iraniano e controlar de perto para garantir que Teerã não se dotará de uma bomba atômica, em troca de um levantamento das sanções internacionais.

"Por enquanto, o plano é preparar uma declaração, isso precisa ser feito e devemos fazê-lo", disse Zarif.

Para além das questões-chave que estão no centro das negociações, os protagonistas também devem concordar com a formulação e a maneira como será anunciado um acordo.

"Este é um acordo-quadro. Não é para resolver a questão de forma definitiva, é para definir os parâmetros do acordo final e esclarecer todos os pontos com precisão para evitar, tanto quanto possível, ambiguidades e garantir dissonâncias mínimas", ressaltou, por sua vez, um diplomata ocidental.

Mesmo que os negociadores alcancem um acordo sobre todos os grandes pontos, definindo diretrizes bastante precisas, todos os detalhes técnicos desta complexa questão devem ser esclarecidos e finalizados para este acordo final em 30 de junho

"Chegar a um acordo até o final de junho será um trabalho difícil e enorme", ressaltou Zarif nesta quinta de manhã.

As discussões estão emperradas em três pontos-chave: a duração do acordo, o fim das sanções da ONU e o mecanismo de garantia e controle.

Como todos os dias desde domingo, Israel, que se opõe categoricamente a qualquer compromisso com o Irã , voltou a denunciar as negociações.

O ministro israelense da Inteligência, Yuval Steintz, afirmou nesta quinta-feira que a opção militar permanece sobre a mesa para seu país ante a ameaça de um Irã com armamento nuclear, enquanto as negociações sobre o programa nuclear iraniano prosseguem na Suíça.

Ao ser questionado sobre um possível ataque israelense contra o Irã em caso de acordo, Steinitz, próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse à rádio pública que o país atuaria no campo da diplomacia e da inteligência.

"Mas, se não tivermos opção, não teremos escolha [...] a opção militar está sobre a mesa".

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