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Irã e EUA concordam que acordo definitivo será difícil

Países concordaram que chegar a um acordo sobre a questão nuclear será muito difícil, senão impossível

Ali Khamenei: líder supremo declarou novamente que negociações "não vão levar a lugar algum" (Caren Firouz/Reuters)

Ali Khamenei: líder supremo declarou novamente que negociações "não vão levar a lugar algum" (Caren Firouz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 21h35.

Viena - Os Estados Unidos e seu arquirrival de longa data Irã concordam em pelo menos uma coisa na véspera das negociações de terça-feira sobre um pacto nuclear de longo prazo - chegar a um acordo será muito difícil, senão impossível.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, o homem que tem a palavra final sobre todos os assuntos de Estado na República Islâmica, declarou novamente nesta segunda-feira que as negociações entre Teerã e seis potências mundiais "não vão levar a lugar algum".

Horas mais tarde, uma autoridade de alto escalão dos EUA também minimizou as expectativas, dizendo a repórteres na capital austríaca que será um "processo complicado, difícil e demorado" e "provavelmente não alcancemos um acordo".

Suas declarações foram feitas na véspera da primeira rodada de negociações de alto nível desde que um acordo provisório foi fechado em 24 de novembro. O pacto prevê que Teerã limite algumas atividades nucleares por seis meses em troca de um alívio parcial de sanções para que um acordo de longo prazo possa ser alcançado.

Apesar de seu ceticismo sobre as chances de um acordo duradouro com o Ocidente, Khamenei deixou claro que Teerã se comprometeu a continuar com as negociações com Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e Estados Unidos.

"O que nossos funcionários começaram, eles vão continuar. Nós não vamos desistir. Eu não tenho nenhuma oposição", disse ele nesta segunda-feira a uma multidão em Tabriz, no norte do Irã, que gritava "Morte aos EUA".

Se forem bem sucedidas, as negociações poderiam ajudar a pôr fim a anos de hostilidade entre o Irã e o Ocidente, aliviar a ameaça de uma nova guerra no Oriente Médio e abrir novas possibilidades para empresas ocidentais.

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