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Irã diz que libertou mulher condenada à morte

Segundo Judiciário, Sakineh Ashtiani foi autorizada a sair da prisão, em uma nova reviravolta para um caso que provocou anos de críticas

Iranianos exilados em Berlim protestam contra apedrejamento de Sakineh Ashtiani: caso provocou anos de críticas aos diretos humanos do Irã (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 21h27.

Dubai - Uma mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento por adultério e que depois recebeu uma pena de prisão de 10 anos foi autorizada a sair da prisão, afirmou o Judiciário, em uma nova reviravolta para um caso que provocou anos de críticas aos diretos humanos do Irã .

Um porta-voz do Judiciário disse à Reuters que Sakineh Mohammadi Ashtiani tinha recebido uma "licença" para deixar a prisão há várias semanas por bom comportamento. Ele disse, sem entrar em detalhes, que a decisão foi um sinal de "clemência da nossa religião para com as mulheres".

Não havia nenhuma declaração sobre se a liberação era permanente ou se estava sujeita a alguma forma de liberdade condicional.

Ashtiani, que tem dois filhos, foi condenada por adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido em 2005.

Um tribunal condenou Ashtiani a ser apedrejada em 2006, mas a sentença foi suspensa em 2010 diante da pressão internacional sobre Teerã. Sua sentença foi depois reduzida para 10 anos por ser considerado que ela teve participação indireta no assassinato de seu marido.

Autoridades iranianas descartaram as alegações de abusos de direitos humanos, dizendo que estavam seguindo a lei islâmica.

Sob a lei islâmica em vigor no Irã desde a revolução de 1979, o adultério pode ser punido com a morte por apedrejamento, e crimes como assassinato, estupro, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são puníveis por enforcamento.

A União Europeia considerou a sentença de apedrejamento de Ashtiani "bárbara". O Vaticano pediu clemência e o Brasil lhe ofereceu asilo.

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Um porta-voz do Judiciário disse à Reuters que Sakineh Mohammadi Ashtiani tinha recebido uma "licença" para deixar a prisão há várias semanas por bom comportamento. Ele disse, sem entrar em detalhes, que a decisão foi um sinal de "clemência da nossa religião para com as mulheres".

Não havia nenhuma declaração sobre se a liberação era permanente ou se estava sujeita a alguma forma de liberdade condicional.

Ashtiani, que tem dois filhos, foi condenada por adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido em 2005.

Um tribunal condenou Ashtiani a ser apedrejada em 2006, mas a sentença foi suspensa em 2010 diante da pressão internacional sobre Teerã. Sua sentença foi depois reduzida para 10 anos por ser considerado que ela teve participação indireta no assassinato de seu marido.

Autoridades iranianas descartaram as alegações de abusos de direitos humanos, dizendo que estavam seguindo a lei islâmica.

Sob a lei islâmica em vigor no Irã desde a revolução de 1979, o adultério pode ser punido com a morte por apedrejamento, e crimes como assassinato, estupro, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são puníveis por enforcamento.

A União Europeia considerou a sentença de apedrejamento de Ashtiani "bárbara". O Vaticano pediu clemência e o Brasil lhe ofereceu asilo.

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