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Inteligência dos EUA acredita que Rússia pode desenvolver arma nuclear no espaço

Kremlin diz que EUA querem usar história para dar mais dinheiro à Ucrânia

A ameaça citada por Washington não está ativa, ou seja, ainda não começou a ser desenvolvida (Agência espacial russa Roscosmos /Handout/Reuters)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 07h52.

O setor de Inteligência dos EUA apontou que a Rússia pode estar discutindo a possibilidade de ter uma arma nuclear no espaço, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Segundo a Bloomberg News, a ameaça citada por Washington não está ativa, mas autoridades americanas encaram o assunto com seriedade. Todavia, não há motivo para alarmar as pessoas, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg

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O Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que se encontraria na quinta-feira com a delegação da Casa dos Representantes do chamado Gangue dos Oito - conjunto de oito líderes dentro do Congresso dos Estados Unidos que são informados sobre assuntos secretos de inteligência pelo poder executivo. A reunião estava marcada antes de o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner, na quarta-feira, emitir uma declaração pública sobre a suspeita de arma nuclear no espaço.

O republicano de Ohio pediu ao presidente Joe Biden que tornasse público "todas as informações relacionadas a esta ameaça".

A decisão de Turner causou preocupação em Washington. O episódio ocorre em um momento em que as guerras na Ucrânia, Israel e Gaza estão pesando fortemente sobre os Estados Unidos.

Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu as alegações sobre uma nova capacidade nuclear russa como uma artimanha destinada a fazer com que o Congresso dos Estados Unidos apoie mais ajuda para a Ucrânia.

"É óbvio que Washington está tentando forçar o Congresso a votar o projeto de lei de ajuda de qualquer maneira", disse Peskov para agências de notícias russas nesta quinta-feira. "Vamos ver que artimanha a Casa Branca usará."

Reação do governo Biden e do Congresso

Jake Sullivan recusou-se a especificar o tema da reunião desta quinta-feira ou a responder sobre o pedido de Turner a respeito questão de segurança nacional. "Não estou em posição de dizer mais nada hoje", disse ele.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, buscou tranquilizar os temores de que os americanos pudessem enfrentar um perigo iminente. No entanto, ele disse a jornalistas que iria "pressionar a administração a tomar as medidas apropriadas" na reunião com Sullivan.

Sullivan disse aos repórteres na Casa Branca na quarta-feira que havia contatado proativamente a Gangue dos Oito para marcar uma reunião - o que ele descreveu como um movimento "bastante incomum".

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