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Índia investiga esquema ilegal de aborto após morte de mulher

Apesar de o país ter o aborto legalizado em alguns casos, médicos não autorizados realizam o procedimento quando o motivo é pelo sexo do feto

Polícia: as investigações encontraram 19 fetos (Getty/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2017 às 13h43.

Mumbai - A polícia da Índia encontrou 19 fetos abortados dentro de saco plásticos no Estado de Maharashtra, no oeste no país, durante investigação da morte de uma mulher após um aborto, revelando o que as autoridades suspeitam ser um esquema ilegal de abortos.

A polícia disse nesta segunda-feira que se juntou a autoridades de saúde para lançar uma grande investigação sobre o caso registrado em um vilarejo do distrito de Sangli, perto da fronteira com o Estado de Karnataka.

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Um médico homeopata, suspeito de realizar abortos ilegais em decorrência do gênero dos bebês no porão de seu consultório no vilarejo, está foragido, disse a polícia.

A lei indiana proíbe médicos e trabalhadores da área de saúde de divulgar aos pais o gênero do bebê antes do nascimento, ou de realizar testes para a determinação do gênero.

Apenas médicos registrados são autorizados a realizar procedimentos de aborto. No entanto, casos de aborto ilegais continuam a ocorrer em partes da Índia, onde há uma preferência profunda por filhos homens.

As tradições indianas para o casamento fazem com que as mulheres muitas vezes sejam vistas como um grande custo com baixo retorno, em parte devido aos dotes que continuam sendo requeridos, apesar de serem ilegais.

Os filhos, por outro lado, podem render propriedades, continuar a linha da família e exercer um papel fundamental nos rituais da religião hindu.

A polícia foi alertada por moradores do vilarejo depois que uma mulher de 26 anos morreu após passar por um aborto na clínica do homeopata, que não tinha licença para acabar com gravidez. A investigação os levou a encontrar os fetos em um esgoto perto da clínica, de acordo com a mídia local.

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