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Incêndio florestal na Ucrânia atinge arredores de Chernobyl

O fogo já atinge uma área de cerca de 400 hectares da floresta, mas autoridades dizem que a situação está sob controle

A usina nuclear de Chernobyl: apesar do acidente, a usina de Chernobyl continuou a operar e produzir eletricidade até 2000 (Ben Fairless / Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 16h37.

Kiev - Um incêndio florestal eclodiu nesta terça-feira perto da cidade ucraniana de Chernobyl, cenário do pior desastre nuclear civil da história, em 1986, informaram autoridades do departamento de Estado de Situações de Emergência.

"O fogo está a 15-20 quilômetros", disse uma porta-voz do local, Maia Rudenko, descartando a existência de riscos.

De acordo com o serviço de estado de Situações de Emergência, o fogo começou no início da tarde, hora local (cerca de 06h15 de Brasília), espalhando-se ao longo de várias centenas de hectares.

Mas várias horas mais tarde as chamas ainda não estavam sob controle, apesar do envio de cerca de 200 homens e de um helicóptero e dois aviões An-32.

Os Serviços de Situações de Emergência estão confiantes, no entanto. "A situação está sob controle", escreveu em sua página do Facebook Chkiriak Zorian, chefe do serviço.

O ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, ressaltou, contudo, que a partir das 12h30 "a situação do incêndio florestal perto da central de Chernobyl tinha piorado".

"Chamas altas e rajadas de vento repentinas criaram uma séria ameaça de propagação", disse, sem dar mais detalhes.

Ele disse que o fogo atinge uma área de cerca de 400 hectares da floresta.

A Ucrânia lembrou no último domingo o 29º aniversário da explosão de um reator da usina, em meio ao debate persistente sobre o custo humano do desastre.

O Comitê Científico da Organização das Nações Unidas sobre os efeitos da radiação reconhece oficialmente que as mortes de 31 bombeiros e operadores estão diretamente relacionadas ao desastre.

O Greenpeace denuncia pelo menos 100.000 mortes ligadas à contaminação radioativa, principalmente entre os "liquidatários": centenas de milhares de pessoas enviadas pelas autoridades soviéticas ao local do acidente sem nenhuma proteção real para apagar o fogo, fazer a limpeza da área contaminada e construir a toque de caixa uma cobertura de concreto chamada "sarcófago", a fim de isolar o reator afetado.

Apesar do acidente, a usina de Chernobyl continuou a operar e produzir eletricidade até 2000, data do encerramento das atividades de seu último reator em operação.

Hoje, o local passa por obras a fim de construir uma nova caixa de aço perto do reator 4, que explodiu em 26 de abril de 1986.

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Kiev - Um incêndio florestal eclodiu nesta terça-feira perto da cidade ucraniana de Chernobyl, cenário do pior desastre nuclear civil da história, em 1986, informaram autoridades do departamento de Estado de Situações de Emergência.

"O fogo está a 15-20 quilômetros", disse uma porta-voz do local, Maia Rudenko, descartando a existência de riscos.

De acordo com o serviço de estado de Situações de Emergência, o fogo começou no início da tarde, hora local (cerca de 06h15 de Brasília), espalhando-se ao longo de várias centenas de hectares.

Mas várias horas mais tarde as chamas ainda não estavam sob controle, apesar do envio de cerca de 200 homens e de um helicóptero e dois aviões An-32.

Os Serviços de Situações de Emergência estão confiantes, no entanto. "A situação está sob controle", escreveu em sua página do Facebook Chkiriak Zorian, chefe do serviço.

O ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, ressaltou, contudo, que a partir das 12h30 "a situação do incêndio florestal perto da central de Chernobyl tinha piorado".

"Chamas altas e rajadas de vento repentinas criaram uma séria ameaça de propagação", disse, sem dar mais detalhes.

Ele disse que o fogo atinge uma área de cerca de 400 hectares da floresta.

A Ucrânia lembrou no último domingo o 29º aniversário da explosão de um reator da usina, em meio ao debate persistente sobre o custo humano do desastre.

O Comitê Científico da Organização das Nações Unidas sobre os efeitos da radiação reconhece oficialmente que as mortes de 31 bombeiros e operadores estão diretamente relacionadas ao desastre.

O Greenpeace denuncia pelo menos 100.000 mortes ligadas à contaminação radioativa, principalmente entre os "liquidatários": centenas de milhares de pessoas enviadas pelas autoridades soviéticas ao local do acidente sem nenhuma proteção real para apagar o fogo, fazer a limpeza da área contaminada e construir a toque de caixa uma cobertura de concreto chamada "sarcófago", a fim de isolar o reator afetado.

Apesar do acidente, a usina de Chernobyl continuou a operar e produzir eletricidade até 2000, data do encerramento das atividades de seu último reator em operação.

Hoje, o local passa por obras a fim de construir uma nova caixa de aço perto do reator 4, que explodiu em 26 de abril de 1986.

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