Imprensa mundial vê vitória de Merkel como 'triunfo pessoal'
Vitória da União Democrata-Cristã na Alemanha foi interpretada pelos meios de comunicação como um grande "triunfo pessoal" para a chanceler, Angela Merkel
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 09h57.
A vitória do governante União Democrata-Cristã (UCD) na Alemanha foi interpretada pelos meios de comunicação do mundo como um grande "triunfo pessoal" para a chanceler, Angela Merkel , para muitos a "mulher mais poderosa do mundo".
"Os resultados parecem validar as políticas e o estilo de liderança de Merkel ao guiar a Alemanha durante a crise da Eurozona em meio às críticas de que não permitiu os resgates para as nações da UE em apuros", disse a rede "CNN", embora tenha assinalado que a UCD não poderá governar sozinha, já que carece da maioria absoluta.
Outra rede internacional, a catariana "Al Jazeera", assinalou que "parece provável que Merkel no final liderará um Governo de coalizão com os Social-democratas", do SPD.
Nos EUA, o "New York Times" qualificou os resultados de "assombroso triunfo pessoal" para Merkel, que se transformou em "a única líder importante que conseguiu revalidar seu mandato duas vezes desde a crise financeira de 2008" e que "conseguiu um forte respaldo popular para sua mistura de austeridade e solidariedade na gestão de uma Europa problemática".
O "The Wall Street Journal", por sua parte, lembrou que, apesar da "vitória", o partido conservador de Merkel não conseguiu alcançar a maioria absoluta e ressaltou que seus parceiros frequentes, os Liberais, ficaram fora do Bundestag porque perderam votos que foram ao eurocético "Alternativa pela Alemanha".
Para o "The Washington Post", a "vitória histórica" de Merkel, com "a maior vantagem desde a reunificação alemã em 1990", supôs "uma aprovação contundente de sua administração durante os anos de crise e recessão internacionais que quase não tocaram o solo alemão".
Na França, o "Le Figaro" advertiu que "os social-democratas preveem vender caro seu apoio" a um eventual Governo de coalizão e que "os conservadores poderiam pagar caro pelo fato de não conseguir a maioria absoluta".
O "Le Monde", por sua parte, comentou que "aos 59 anos, a chanceler alemã confirmou sua condição de mulher mais poderosa do mundo, ao se transformar na primeira líder europeia em renovar seu mandato depois da crise financeira e monetária que estremeceu a União Europeia " (UE).
A imprensa britânica atribuiu o triunfo de Merkel à boa situação econômica da Alemanha e à gestão da chanceler na crise da UE.
O "The Guardian" disse que a vitória de Merkel é uma recompensa por ter superado a crise do euro enquanto em outros países os eleitores castigaram seus Governos.
O "The Times" ressaltou que, se completar seu mandato até o ano 2017, a chanceler será a mulher europeia de mais longa permanência no poder, superando a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que esteve à frente do Governo por 11 anos.
Já o "The Daily Telegraph" assinalou que agora a Alemanha enfrenta uma decisão iminente sobre um novo programa de ajuda para a Grécia e considera que neste aspecto, a asa eurocética do partido de Merkel pode dificultar as coisas para chanceler.
Na Grécia, os jornais mostraram certo pesar pela vitória de Merkel, detestada por grande parte do público heleno porque personifica as draconianas receitas aplicadas na Grécia em troca dos resgates financeiros, embora tenham se consolado com o fato de que não alcançou maioria absoluta.
Na Itália, o jornal "La Repubblica" opinou que o extraordinário êxito de Merkel "não só permite governar o país, mas também, sob a batuta da chanceler, a Alemanha se transformou na potência hegemônica do continente".
Em Portugal, os principais jornais lembraram que em mãos de Merkel estão "as orientações para resolver a crise do euro" e "o destino da moeda única".
Várias publicações relacionam o futuro luso com as decisões que a partir de agora Merkel irá adotar à frente de uma Alemanha dirigida em líder indiscutível da UE.
Os meios de comunicação e analistas russos destacaram o fiasco dos até agora parceiros liberais da chanceler e se perguntam que partido acompanhará Merkel em sua terceira legislatura à frente do Governo germânico.
"A previsível vitória de Merkel é uma boa notícia tanto para a Alemanha como para a Europa", apontou o diário econômico "Védomosti", que adverte que o "da Alemanha depende em grande medida do futuro da União Europeia" e o apoio "aos países da eurozona, sobre tudo os problemáticos Portugal, Espanha e Grécia".
Na América Latina, o jornal argentino "Clarín" assinalou que "Merkel terá que buscar uma coalizão, previsivelmente com os social-democratas, repetindo o Governo de 2005 a 2009, mas com uma relação de forças muito distinta que fará do SPD um parceiro menor e que terá muitas dificuldades para marcar a agenda à chefe de Governo".
O rotativo venezuelano "El Nacional" ressaltou que o "SPD, Verdes e A Esquerda têm maioria no Parlamento, mas tanto social-democratas como Verdes descartaram governar com A Esquerda, o que faz mais provável a formação de uma "grande coalizão" de democratas-cristãos e social-democratas como a que Merkel liderou em seu primeiro mandato entre 2005 e 2009.
No Japão, a rede japonesa NHK considerou que o bom resultado colhido por Merkel se deve "ao apoio demonstrando uma forte liderança na hora de enfrentar a crise na eurozona e de manter a estabilidade financeira da Alemanha".
A imprensa árabe qualificou Merkel de "rainha", "salvadora" e "mulher mais forte do mundo".
A vitória do governante União Democrata-Cristã (UCD) na Alemanha foi interpretada pelos meios de comunicação do mundo como um grande "triunfo pessoal" para a chanceler, Angela Merkel , para muitos a "mulher mais poderosa do mundo".
"Os resultados parecem validar as políticas e o estilo de liderança de Merkel ao guiar a Alemanha durante a crise da Eurozona em meio às críticas de que não permitiu os resgates para as nações da UE em apuros", disse a rede "CNN", embora tenha assinalado que a UCD não poderá governar sozinha, já que carece da maioria absoluta.
Outra rede internacional, a catariana "Al Jazeera", assinalou que "parece provável que Merkel no final liderará um Governo de coalizão com os Social-democratas", do SPD.
Nos EUA, o "New York Times" qualificou os resultados de "assombroso triunfo pessoal" para Merkel, que se transformou em "a única líder importante que conseguiu revalidar seu mandato duas vezes desde a crise financeira de 2008" e que "conseguiu um forte respaldo popular para sua mistura de austeridade e solidariedade na gestão de uma Europa problemática".
O "The Wall Street Journal", por sua parte, lembrou que, apesar da "vitória", o partido conservador de Merkel não conseguiu alcançar a maioria absoluta e ressaltou que seus parceiros frequentes, os Liberais, ficaram fora do Bundestag porque perderam votos que foram ao eurocético "Alternativa pela Alemanha".
Para o "The Washington Post", a "vitória histórica" de Merkel, com "a maior vantagem desde a reunificação alemã em 1990", supôs "uma aprovação contundente de sua administração durante os anos de crise e recessão internacionais que quase não tocaram o solo alemão".
Na França, o "Le Figaro" advertiu que "os social-democratas preveem vender caro seu apoio" a um eventual Governo de coalizão e que "os conservadores poderiam pagar caro pelo fato de não conseguir a maioria absoluta".
O "Le Monde", por sua parte, comentou que "aos 59 anos, a chanceler alemã confirmou sua condição de mulher mais poderosa do mundo, ao se transformar na primeira líder europeia em renovar seu mandato depois da crise financeira e monetária que estremeceu a União Europeia " (UE).
A imprensa britânica atribuiu o triunfo de Merkel à boa situação econômica da Alemanha e à gestão da chanceler na crise da UE.
O "The Guardian" disse que a vitória de Merkel é uma recompensa por ter superado a crise do euro enquanto em outros países os eleitores castigaram seus Governos.
O "The Times" ressaltou que, se completar seu mandato até o ano 2017, a chanceler será a mulher europeia de mais longa permanência no poder, superando a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que esteve à frente do Governo por 11 anos.
Já o "The Daily Telegraph" assinalou que agora a Alemanha enfrenta uma decisão iminente sobre um novo programa de ajuda para a Grécia e considera que neste aspecto, a asa eurocética do partido de Merkel pode dificultar as coisas para chanceler.
Na Grécia, os jornais mostraram certo pesar pela vitória de Merkel, detestada por grande parte do público heleno porque personifica as draconianas receitas aplicadas na Grécia em troca dos resgates financeiros, embora tenham se consolado com o fato de que não alcançou maioria absoluta.
Na Itália, o jornal "La Repubblica" opinou que o extraordinário êxito de Merkel "não só permite governar o país, mas também, sob a batuta da chanceler, a Alemanha se transformou na potência hegemônica do continente".
Em Portugal, os principais jornais lembraram que em mãos de Merkel estão "as orientações para resolver a crise do euro" e "o destino da moeda única".
Várias publicações relacionam o futuro luso com as decisões que a partir de agora Merkel irá adotar à frente de uma Alemanha dirigida em líder indiscutível da UE.
Os meios de comunicação e analistas russos destacaram o fiasco dos até agora parceiros liberais da chanceler e se perguntam que partido acompanhará Merkel em sua terceira legislatura à frente do Governo germânico.
"A previsível vitória de Merkel é uma boa notícia tanto para a Alemanha como para a Europa", apontou o diário econômico "Védomosti", que adverte que o "da Alemanha depende em grande medida do futuro da União Europeia" e o apoio "aos países da eurozona, sobre tudo os problemáticos Portugal, Espanha e Grécia".
Na América Latina, o jornal argentino "Clarín" assinalou que "Merkel terá que buscar uma coalizão, previsivelmente com os social-democratas, repetindo o Governo de 2005 a 2009, mas com uma relação de forças muito distinta que fará do SPD um parceiro menor e que terá muitas dificuldades para marcar a agenda à chefe de Governo".
O rotativo venezuelano "El Nacional" ressaltou que o "SPD, Verdes e A Esquerda têm maioria no Parlamento, mas tanto social-democratas como Verdes descartaram governar com A Esquerda, o que faz mais provável a formação de uma "grande coalizão" de democratas-cristãos e social-democratas como a que Merkel liderou em seu primeiro mandato entre 2005 e 2009.
No Japão, a rede japonesa NHK considerou que o bom resultado colhido por Merkel se deve "ao apoio demonstrando uma forte liderança na hora de enfrentar a crise na eurozona e de manter a estabilidade financeira da Alemanha".
A imprensa árabe qualificou Merkel de "rainha", "salvadora" e "mulher mais forte do mundo".