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Impasse político no Afeganistão dificulta acordo na Otan

Como as eleições presidenciais não estão finalizadas, o ministro de Defesa do Afeganistão, general Bismullah Khan Mohammadi, representou o país na cúpula

Reunião da Otan: presidente prestes a deixar cargo e outros dois candidatos não compareceram (Facundo Arrizabalaga/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 16h57.

Newport - O tempo é curto para que os líderes afegãos resolvam o impasse em suas eleições presidenciais e assinem um acordo de segurança para que as tropas aliadas da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan ) continuem no país após o final do ano, alertou o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, nesta quinta-feira.

Em discurso na abertura da cúpula da Otan, Rasmussen disse que as nações aliadas estão prontas para se comprometerem a assessorar e financiar o Afeganistão , mas decisões definitivas não podem ser tomadas até que o impasse político termine.

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A eleição de 6 de abril para definir um sucessor do presidente Hamid Karzai resultou em um empate entre o ex-ministro de Relações Exteriores Abdullah Abdullah e o ex-ministro de Finanças Ashraf Ghani Ahmadzai.

Ambos os candidatos retiraram seus observadores da auditoria dos votos.

A determinação final dos resultados é esperada para a próxima semana.

Até que um presidente seja eleito, os EUA e outros países não têm o acordo de segurança finalizado para que as tropas continuem no Afeganistão após 2014.

Sem a assinatura do acordo, Rasmussen disse que "não pode haver missão".

"Ainda que nossos comandantes militares tenham mostrado grande flexibilidade nos seus planos, o tempo é curto. Quanto antes a estrutura legal esteja acertada, melhor".

Como as eleições presidenciais não estão finalizadas, o ministro de Defesa do Afeganistão, general Bismullah Khan Mohammadi, representou o país na cúpula.

Mohammadi garantiu ao secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, durante reunião nesta quinta-feira que ambos os candidatos à Presidência continuam a apoiar o acordo de segurança.

O presidente prestes a deixar o cargo, Hamid Karzai, e os outros dois candidatos não comparecerem às reuniões da Otan.

Os dois presidenciáveis enviaram uma mensagem à organização, disse Rasmussen, indicando que "farão tudo possível para chegar a um acordo político".

Fonte: Associated Press.

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