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Impasse impede eleições na Câmara e no Senado na Itália

Embora tenha formado a maior bancada na Câmara, o bloco de centro-esquerda não conseguiu maioria no Senado e há a possibilidade de que o país tenha de voltar às urnas

Pier Luigi Bersani: líder centro-esquerdista descartou formar uma aliança com o bloco centro-direitista do ex-premiê Silvio Berlusconi. (Max Rossi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2013 às 21h40.

ROMA - O novo Parlamento da Itália se reuniu nesta sexta-feira pela primeira vez desde a inconclusiva eleição geral de fevereiro e não houve acordo para eleger os presidentes da Câmara e do Senado.

Embora tenha formado a maior bancada na Câmara, o bloco de centro-esquerda não conseguiu maioria no Senado e há a possibilidade de que o país tenha de voltar às urnas.

O líder centro-esquerdista Pier Luigi Bersani foi esnobado em seus acenos ao alternativo Movimento 5 Estrelas e descartou formar uma aliança com o bloco centro-direitista do ex-premiê Silvio Berlusconi.

"Estamos preparados para qualquer coisa", disse a líder do 5 Estrelas na Câmara, Roberta Lombardi, ao ser questionada sobre a perspectiva de uma nova eleição.

Só depois das eleições dos presidentes da Câmara e do Senado o presidente da República, Giorgio Napolitano, poderá iniciar consultas formais com os dirigentes partidários para a criação de um novo governo.

Depois do impasse nesta sexta-feira, os 630 deputados e 315 senadores farão novas votações no sábado.

Em comentário feito pelo Facebook, Berlusconi acusou o Partido Democrático, de Bersani, de realizar "manobras táticas irresponsáveis" que "ignoram o resultado eleitoral". O ex-premiê criticou Bersani por rejeitar sua proposta para formar um governo reunindo esquerda e direita.

Empresários, banqueiros e governos estrangeiros manifestam a esperança de que a Itália consiga formar um governo estável, capaz de reformas que tirem a terceira maior economia da zona do euro da estagnação.

O comediante Beppe Grillo, líder do 5 Estrelas, que formou a terceira maior bancada na eleição de fevereiro, diz que rejeita qualquer acordo que não resulte em um governo comandado por seu movimento político.


Grillo não disputou a eleição diretamente e, por isso, é o único líder partidário que não tem assento parlamentar. Os demais líderes compareceram à sessão desta sexta-feira, exceto Berlusconi, que teve alta no mesmo dia após uma semana de tratamento para um problema ocular.

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira mostrou que o 5 Estrelas preservou seu nível de apoio nas três semanas desde a eleição, o que indica que uma repetição do pleito poderia produzir um resultado semelhante.

Se os partidos não conseguirem formar um governo, Napolitano pode convocar alguém de fora deles para tentar formar um gabinete tecnocrata, a exemplo do que governa atualmente, sob o comando de Mario Monti. Mas não há garantia de que desta vez os partidos aceitariam esse arranjo.

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ROMA - O novo Parlamento da Itália se reuniu nesta sexta-feira pela primeira vez desde a inconclusiva eleição geral de fevereiro e não houve acordo para eleger os presidentes da Câmara e do Senado.

Embora tenha formado a maior bancada na Câmara, o bloco de centro-esquerda não conseguiu maioria no Senado e há a possibilidade de que o país tenha de voltar às urnas.

O líder centro-esquerdista Pier Luigi Bersani foi esnobado em seus acenos ao alternativo Movimento 5 Estrelas e descartou formar uma aliança com o bloco centro-direitista do ex-premiê Silvio Berlusconi.

"Estamos preparados para qualquer coisa", disse a líder do 5 Estrelas na Câmara, Roberta Lombardi, ao ser questionada sobre a perspectiva de uma nova eleição.

Só depois das eleições dos presidentes da Câmara e do Senado o presidente da República, Giorgio Napolitano, poderá iniciar consultas formais com os dirigentes partidários para a criação de um novo governo.

Depois do impasse nesta sexta-feira, os 630 deputados e 315 senadores farão novas votações no sábado.

Em comentário feito pelo Facebook, Berlusconi acusou o Partido Democrático, de Bersani, de realizar "manobras táticas irresponsáveis" que "ignoram o resultado eleitoral". O ex-premiê criticou Bersani por rejeitar sua proposta para formar um governo reunindo esquerda e direita.

Empresários, banqueiros e governos estrangeiros manifestam a esperança de que a Itália consiga formar um governo estável, capaz de reformas que tirem a terceira maior economia da zona do euro da estagnação.

O comediante Beppe Grillo, líder do 5 Estrelas, que formou a terceira maior bancada na eleição de fevereiro, diz que rejeita qualquer acordo que não resulte em um governo comandado por seu movimento político.


Grillo não disputou a eleição diretamente e, por isso, é o único líder partidário que não tem assento parlamentar. Os demais líderes compareceram à sessão desta sexta-feira, exceto Berlusconi, que teve alta no mesmo dia após uma semana de tratamento para um problema ocular.

Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira mostrou que o 5 Estrelas preservou seu nível de apoio nas três semanas desde a eleição, o que indica que uma repetição do pleito poderia produzir um resultado semelhante.

Se os partidos não conseguirem formar um governo, Napolitano pode convocar alguém de fora deles para tentar formar um gabinete tecnocrata, a exemplo do que governa atualmente, sob o comando de Mario Monti. Mas não há garantia de que desta vez os partidos aceitariam esse arranjo.

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