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Igreja deve debater após referendo na Irlanda, diz arcebispo

Arcebispo de Dublin acredita que Igreja Católica deve iniciar debate e revisão da realidade para propagar mensagem com mais eficácia

Dublin: arcebispo da cidade disse que Igreja Católica tem que debater após referendo (Andrius Burlega/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2015 às 15h41.

O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, disse hoje que o sim dos eleitores irlandeses ao casamento homossexual é um exemplo da revolução social que o país atravessa há algum tempo e a qual a Igreja Católica deve reagir.

Com a maioria dos votos do referendo indica a vitória do sim, Martin admitiu que chegou o momento de a hierarquia católica iniciar um processo de profundo debate e revisão da realidade. O arcebispo assegurou que os responsáveis católicos devem encontrar uma nova linguagem para propagar mais eficazmente a mensagem da Igreja, sobretudo entre os mais jovens, cujo voto foi decisivo para a vitória do sim.

Durante a campanha, a Igreja católica, apoiada por grupos conservadores, movimentos antiaborto, além de senadores e deputados, defendeu que o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional e vai modificar os processos de adoção, incidindo negativamente nos direitos dos menores. A República da Irlanda promulgou em 2010 uma lei de relações civis que, pela primeira vez, reconhecia legalmente os casais de pessoas do mesmo sexo, mas não as classificava como casadas, nem lhes conferia proteção constitucional, como passa a ocorrer com a vitória do sim.

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Durante a campanha, a Igreja católica, apoiada por grupos conservadores, movimentos antiaborto, além de senadores e deputados, defendeu que o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional e vai modificar os processos de adoção, incidindo negativamente nos direitos dos menores. A República da Irlanda promulgou em 2010 uma lei de relações civis que, pela primeira vez, reconhecia legalmente os casais de pessoas do mesmo sexo, mas não as classificava como casadas, nem lhes conferia proteção constitucional, como passa a ocorrer com a vitória do sim.

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