Iêmen tem previsão de trégua após 10 dias de violência
O cessar-fogo entrará em vigor na quarta-feira às 23H59 locais (18H59 de Brasília), anunciou na segunda-feira o mediador da ONU
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 12h03.
O Iêmen vive a expectativa de dias mais calmos a partir de quinta-feira, graças a uma trégua de 72 horas com possibilidade de renovação, anunciada pela ONU após 10 dias de violência e intensas pressões internacionais.
O cessar-fogo entrará em vigor na quarta-feira às 23H59 locais (18H59 de Brasília), anunciou na segunda-feira o mediador da ONU Ismail Ould Sheikh Ahmed, que disse ter recebido garantias de "todas as partes iemenitas".
Poucas horas antes, o presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi, cujas tropas lutam contra os rebeldes xiitas huthis com o apoio de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, havia aceitado a trégua de 72 horas que pode ser prolongada.
Ao anunciar a notícia, o ministro das Relações Exteriores, Abdelmalek al-Mejlafi, impôs algumas condições: ele exigiu a instalação de um comitê de verificação da trégua, o fim do cerco em Taez - importante cidade do sudoeste sitiada pelos rebeldes -, e a distribuição sem obstáculos da ajuda humanitária.
A Arábia Saudita, com o chefe da diplomacia Adel al-Jubeir, se declarou a favor da trégua antes do anúncio da ONU "desde que seja respeitada pelos rebeldes", de acordo com o jornal Asharq al-Awsat.
Os insurgentes ainda não reagiram ao anúncio do cessar-fogo, o sexto desde o início, em março de 2015, de um conflito que deixou mais 6.900 mortos e três milhões de iemenitas deslocados.
As cinco tréguas anteriores não conseguiram ser consolidadas e viraram fumaça.
Em um comunicado, o emissário da ONU para o Iêmen destacou que a trégua "poupará a população iemenita de novos banhos de sangue e possibilitará ampliar a ajuda humanitária".
Quase três milhões de pessoas no Iêmen precisam de ajuda alimentar imediata e 1,5 milhão de crianças sofrem desnutrição, de acordo com o Unicef.
"Permanente e duradoura"
Ismail Ould Sheikh Ahmed afirmou que a nova trégua retoma os termos do acordo de 10 de abril, que não foi duradouro, e segundo o qual os beligerantes "têm a obrigação de possibilitar acesso humanitário livre e sem obstáculos", além de "cessar as atividades militares de qualquer tipo".
O mediador também pediu "a todas as partes iemenitas, aos países da região e à comunidade internacional que promovam o pleno respeito do cessar das hostilidades" e façam o possível para resulte em uma solução "permanente e duradoura do conflito".
As negociações de paz iemenitas foram suspensa em 6 de agosto, depois de três meses de negociações infrutíferas no Kuwait, mediadas pela ONU.
O conflito envolve as forças do governo, apoiadas desde março de 2015 por uma aliança de nove países árabe-sunitas liderada pela Arábia Saudita, contra os rebeldes huthis aliados às forças leais ao ex-chefe de Estado Ali Abdallah Saleh.
Os rebeldes controlam a capital Sanaa e regiões do norte, oeste e centro do país.
As forças leais a Hadi retomaram zonas do sul do país, mas encontram dificuldades para avançar, apesar da campanha aérea intensa da coalizão árabe, acusada de ter provocado muitas vítimas civis.
No dia 8 de outubro, ataques aéreos da coalizão árabe durante uma cerimônia fúnebre em Sanaa deixaram 140 mortos e 525 feridos, segundo a ONU, o que provocou muitos protestos da comunidade internacional.
O Iêmen vive a expectativa de dias mais calmos a partir de quinta-feira, graças a uma trégua de 72 horas com possibilidade de renovação, anunciada pela ONU após 10 dias de violência e intensas pressões internacionais.
O cessar-fogo entrará em vigor na quarta-feira às 23H59 locais (18H59 de Brasília), anunciou na segunda-feira o mediador da ONU Ismail Ould Sheikh Ahmed, que disse ter recebido garantias de "todas as partes iemenitas".
Poucas horas antes, o presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi, cujas tropas lutam contra os rebeldes xiitas huthis com o apoio de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, havia aceitado a trégua de 72 horas que pode ser prolongada.
Ao anunciar a notícia, o ministro das Relações Exteriores, Abdelmalek al-Mejlafi, impôs algumas condições: ele exigiu a instalação de um comitê de verificação da trégua, o fim do cerco em Taez - importante cidade do sudoeste sitiada pelos rebeldes -, e a distribuição sem obstáculos da ajuda humanitária.
A Arábia Saudita, com o chefe da diplomacia Adel al-Jubeir, se declarou a favor da trégua antes do anúncio da ONU "desde que seja respeitada pelos rebeldes", de acordo com o jornal Asharq al-Awsat.
Os insurgentes ainda não reagiram ao anúncio do cessar-fogo, o sexto desde o início, em março de 2015, de um conflito que deixou mais 6.900 mortos e três milhões de iemenitas deslocados.
As cinco tréguas anteriores não conseguiram ser consolidadas e viraram fumaça.
Em um comunicado, o emissário da ONU para o Iêmen destacou que a trégua "poupará a população iemenita de novos banhos de sangue e possibilitará ampliar a ajuda humanitária".
Quase três milhões de pessoas no Iêmen precisam de ajuda alimentar imediata e 1,5 milhão de crianças sofrem desnutrição, de acordo com o Unicef.
"Permanente e duradoura"
Ismail Ould Sheikh Ahmed afirmou que a nova trégua retoma os termos do acordo de 10 de abril, que não foi duradouro, e segundo o qual os beligerantes "têm a obrigação de possibilitar acesso humanitário livre e sem obstáculos", além de "cessar as atividades militares de qualquer tipo".
O mediador também pediu "a todas as partes iemenitas, aos países da região e à comunidade internacional que promovam o pleno respeito do cessar das hostilidades" e façam o possível para resulte em uma solução "permanente e duradoura do conflito".
As negociações de paz iemenitas foram suspensa em 6 de agosto, depois de três meses de negociações infrutíferas no Kuwait, mediadas pela ONU.
O conflito envolve as forças do governo, apoiadas desde março de 2015 por uma aliança de nove países árabe-sunitas liderada pela Arábia Saudita, contra os rebeldes huthis aliados às forças leais ao ex-chefe de Estado Ali Abdallah Saleh.
Os rebeldes controlam a capital Sanaa e regiões do norte, oeste e centro do país.
As forças leais a Hadi retomaram zonas do sul do país, mas encontram dificuldades para avançar, apesar da campanha aérea intensa da coalizão árabe, acusada de ter provocado muitas vítimas civis.
No dia 8 de outubro, ataques aéreos da coalizão árabe durante uma cerimônia fúnebre em Sanaa deixaram 140 mortos e 525 feridos, segundo a ONU, o que provocou muitos protestos da comunidade internacional.