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Iêmen tem cessar-fogo e negociações de paz na Suíça

Liderada pela Arábia Saudita, a coalizão atua desde março no Iêmen para ajudar as forças do governo a retomar o controle da capital

Iêmen: "O início de uma cessação das hostilidades" é "um primeiro passo crucial" para estabelecer "uma paz sustentável no país" (Anees Mahyoub / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 11h52.

Um cessar-fogo entrou em vigor nesta terça-feira no Iêmen , ao mesmo tempo em que começaram na Suíça negociações sob a égide das Nações Unidas para pôr fim ao conflito sangrento no país.

"O início de uma cessação das hostilidades" é "um primeiro passo crucial" para estabelecer "uma paz sustentável no país", declarou o mediador da ONU Ismail Ould Sheikh Ahmed, confirmando o início da trégua de sete dias, que poderá ser estendida.

O cessar-fogo entrou em vigor, como previsto, às 12h00 (07h00 de Brasília), indicou à AFP o general de brigada saudita Ahmed Assiri, porta-voz da coalizão árabe.

Liderada pela Arábia Saudita, a coalizão atua desde março no Iêmen para ajudar as forças do governo a retomar o controle da capital Sanaa e das regiões conquistadas pelos rebeldes xiitas huthis, que são apoiados pelo Irã.

No entanto, o som de tiros continuava a ser ouvido esporadicamente após a entrada em vigor do cessar-fogo.

Morteiros atingiram as posições das forças governamentais ao sul de Taez (sudoeste), terceira maior cidade do país, "após o início da trégua", indicou à AFP um oficial da segurança.

Habitantes de Taez também relataram explosões, enquanto combates seguiam ao norte de Dhaleh (sul), de acordo com uma fonte militar iemenita.

O mediador da ONU exortou "as diferentes partes" a respeitar a trégua e "trabalhar no sentido de uma solução total e permanente ao conflito".

Levando em consideração os fracassos do passado, os especialistas continuam cautelosos sobre a manutenção do cessar-fogo e o resultado das negociações entre os rebeldes huthis e seus aliados e o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

O mediador da ONU, que conseguiu reunir os protagonistas para negociações "diretas", expressou seu desejo de facilitar "um retorno a uma transição política pacífica e ordenada".

Direito de resposta

O cessar-fogo, originalmente previsto para segunda-feira à meia-noite (19h00 de Brasília) e adiado para terça-feira, foi decretado a pedido do presidente Hadi em uma carta à coalizão árabe e à ONU.

A trégua de sete dias será "renovável automaticamente caso a outra parte (os huthis e seus aliados) a respeite", disse Hadi. A coalizão também advertiu que "se reserva o direito de retaliação em caso de violação" do acordo pelos rebeldes.

As tentativas anteriores de negociações e de cessar-fogo fracassaram no Iêmen, onde a guerra fez pelo menos 6.000 mortos e 28.000 feridos desde março, e afetou diretamente 80% da população desse país pobre da Península Arábica.

Na Suíça, o diálogo ocorre longe das câmeras em um local não revelado. De acordo com a rádio suíça, as discussões começaram em um hotel em Magglingen, um vilarejo ao norte de Biel, no cantão de Berna.

As partes devem discutir um "plano" para a implementação gradual da resolução 2216 do Conselho de Segurança, o que exige a retirada dos rebeldes e seus aliados, mas também milícias, das áreas conquistadas desde 2014, bem como a restituição das armas pesadas para o Estado, de acordo com uma fonte da ONU.

Os huthis, aliados às poderosas unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh (no poder entre 1990 e 2012), tomaram desde julho de 2014 grandes partes do país, incluindo a capital Sanaa.

As forças anti-rebeldes reconquistaram neste verão cinco províncias do sul, incluindo a de Aden, a segunda maior cidade.

A situação é ainda mais complicada pela crescente influência dos grupos jihadistas rivais Al-Qaeda e Estado Islâmico (EI), que reforçaram as suas posições especialmente no sudoeste do país.

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Um cessar-fogo entrou em vigor nesta terça-feira no Iêmen , ao mesmo tempo em que começaram na Suíça negociações sob a égide das Nações Unidas para pôr fim ao conflito sangrento no país.

"O início de uma cessação das hostilidades" é "um primeiro passo crucial" para estabelecer "uma paz sustentável no país", declarou o mediador da ONU Ismail Ould Sheikh Ahmed, confirmando o início da trégua de sete dias, que poderá ser estendida.

O cessar-fogo entrou em vigor, como previsto, às 12h00 (07h00 de Brasília), indicou à AFP o general de brigada saudita Ahmed Assiri, porta-voz da coalizão árabe.

Liderada pela Arábia Saudita, a coalizão atua desde março no Iêmen para ajudar as forças do governo a retomar o controle da capital Sanaa e das regiões conquistadas pelos rebeldes xiitas huthis, que são apoiados pelo Irã.

No entanto, o som de tiros continuava a ser ouvido esporadicamente após a entrada em vigor do cessar-fogo.

Morteiros atingiram as posições das forças governamentais ao sul de Taez (sudoeste), terceira maior cidade do país, "após o início da trégua", indicou à AFP um oficial da segurança.

Habitantes de Taez também relataram explosões, enquanto combates seguiam ao norte de Dhaleh (sul), de acordo com uma fonte militar iemenita.

O mediador da ONU exortou "as diferentes partes" a respeitar a trégua e "trabalhar no sentido de uma solução total e permanente ao conflito".

Levando em consideração os fracassos do passado, os especialistas continuam cautelosos sobre a manutenção do cessar-fogo e o resultado das negociações entre os rebeldes huthis e seus aliados e o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

O mediador da ONU, que conseguiu reunir os protagonistas para negociações "diretas", expressou seu desejo de facilitar "um retorno a uma transição política pacífica e ordenada".

Direito de resposta

O cessar-fogo, originalmente previsto para segunda-feira à meia-noite (19h00 de Brasília) e adiado para terça-feira, foi decretado a pedido do presidente Hadi em uma carta à coalizão árabe e à ONU.

A trégua de sete dias será "renovável automaticamente caso a outra parte (os huthis e seus aliados) a respeite", disse Hadi. A coalizão também advertiu que "se reserva o direito de retaliação em caso de violação" do acordo pelos rebeldes.

As tentativas anteriores de negociações e de cessar-fogo fracassaram no Iêmen, onde a guerra fez pelo menos 6.000 mortos e 28.000 feridos desde março, e afetou diretamente 80% da população desse país pobre da Península Arábica.

Na Suíça, o diálogo ocorre longe das câmeras em um local não revelado. De acordo com a rádio suíça, as discussões começaram em um hotel em Magglingen, um vilarejo ao norte de Biel, no cantão de Berna.

As partes devem discutir um "plano" para a implementação gradual da resolução 2216 do Conselho de Segurança, o que exige a retirada dos rebeldes e seus aliados, mas também milícias, das áreas conquistadas desde 2014, bem como a restituição das armas pesadas para o Estado, de acordo com uma fonte da ONU.

Os huthis, aliados às poderosas unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh (no poder entre 1990 e 2012), tomaram desde julho de 2014 grandes partes do país, incluindo a capital Sanaa.

As forças anti-rebeldes reconquistaram neste verão cinco províncias do sul, incluindo a de Aden, a segunda maior cidade.

A situação é ainda mais complicada pela crescente influência dos grupos jihadistas rivais Al-Qaeda e Estado Islâmico (EI), que reforçaram as suas posições especialmente no sudoeste do país.

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