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Ideli dará fôlego novo para articulação política, diz consultor

Cientista político da Arko Advice diz que nova ministra das Relações Institucionais vai ter autonomia para negociar e conversar com o Congresso

Ideli Salvatti substituiu Luiz Sérgio no ministério das Relações Institucionais (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 18h09.

São Paulo – A escolha de Ideli Salvatti para o ministério das Relações Institucionais vai dar um fôlego novo para a articulação política. A pasta, que era chefiada por Luiz Sérgio, estava enfraquecida, principalmente depois da saída do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci.

“Na articulação política, Luiz Sérgio era o garçom e Palocci o cozinheiro. O ministério das Relações Institucionais ficou sufocado pelo peso do nome de Palocci”, diz o cientista político e vice-presidente da consultoria Arko Advice, Cristiano Noronha.

Para Noronha, a tendência é que o ministério assumido por Ideli volte a ser o protagonista nas articulações entre o governo Dilma e os partidos. “Dilma vai confiar mais atribuições à ministra, e dará mais autonomia para negociar e conversar com o Congresso”, afirma.

A maior liberdade que a ministra deve ter está relacionada com o fato de ela ter chegado ao cargo por indicação da própria presidente. “Luiz Sérgio foi escolhido pelo PT e acabou espremido pela perda de poder de seu ministério”, diz Noronha.

Esta perda de poder se tornou evidente quando Dilma decidiu tirar da pasta de Assuntos Institucionais o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”. Ele foi transferido para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, do ministro Moreira Franco (PMDB).

Firmeza

Para Noronha, o perfil mais áspero de Ideli Salvatti combina com a nova função que ela vai assumir. “Ela vai ter que ser firme na nova posição. E podemos ter uma ideia de como será sua gestão olhando para a experiência que ela teve no Senado. Lá a batalha é intensa, e Ideli enfrentou uma oposição mais forte do que é agora.”

Ainda de acordo com o consultor, os episódios polêmicos em que Ideli se envolveu ao longo da carreira política não vão atrapalhar a ministra no exercício da nova função. “Episódios assim são marginais, e não inviabilizam a nomeação.”

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São Paulo – A escolha de Ideli Salvatti para o ministério das Relações Institucionais vai dar um fôlego novo para a articulação política. A pasta, que era chefiada por Luiz Sérgio, estava enfraquecida, principalmente depois da saída do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci.

“Na articulação política, Luiz Sérgio era o garçom e Palocci o cozinheiro. O ministério das Relações Institucionais ficou sufocado pelo peso do nome de Palocci”, diz o cientista político e vice-presidente da consultoria Arko Advice, Cristiano Noronha.

Para Noronha, a tendência é que o ministério assumido por Ideli volte a ser o protagonista nas articulações entre o governo Dilma e os partidos. “Dilma vai confiar mais atribuições à ministra, e dará mais autonomia para negociar e conversar com o Congresso”, afirma.

A maior liberdade que a ministra deve ter está relacionada com o fato de ela ter chegado ao cargo por indicação da própria presidente. “Luiz Sérgio foi escolhido pelo PT e acabou espremido pela perda de poder de seu ministério”, diz Noronha.

Esta perda de poder se tornou evidente quando Dilma decidiu tirar da pasta de Assuntos Institucionais o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”. Ele foi transferido para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, do ministro Moreira Franco (PMDB).

Firmeza

Para Noronha, o perfil mais áspero de Ideli Salvatti combina com a nova função que ela vai assumir. “Ela vai ter que ser firme na nova posição. E podemos ter uma ideia de como será sua gestão olhando para a experiência que ela teve no Senado. Lá a batalha é intensa, e Ideli enfrentou uma oposição mais forte do que é agora.”

Ainda de acordo com o consultor, os episódios polêmicos em que Ideli se envolveu ao longo da carreira política não vão atrapalhar a ministra no exercício da nova função. “Episódios assim são marginais, e não inviabilizam a nomeação.”

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