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Hungria lembra 70º aniversário de deportações nazistas

Comunidade judaica, em meio a uma disputa com o governo, participou de cerimônia solene em frente à sinagoga na capital húngara

Budapeste, na Hungria: deportações nazistas causaram a morte de quase meio milhão de judeus húngaros entre 1944 e 1945 (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 16h59.

Budapeste - Em meio a uma disputa com o governo, a comunidade judaica da Hungria lembrou nesta quarta-feira o 70º aniversário do começo das deportações nazistas que causaram a morte de quase meio milhão de judeus húngaros entre 1944 e 1945.

Centenas de pessoas participaram da cerimônia solene na praça diante da grande sinagoga da rua Dohány na capital húngara, a segunda maior do mundo.

Gusztáv Zoltai, diretor da Mazsihisz, a principal organização judaica do país, criticou duramente o governo nacionalista húngaro por seus planos de levantar uma estátua no centro de Budapeste que lembra a ocupação nazista, mas deixa de lado a colaboração dos húngaros com os alemães.

Segundo Zoltai, um sobrevivente do Holocausto, a ocupação nazista na Hungria foi bem mais um ato de "ajuda entre companheiros" que um acontecimento apto para ser lembrado com um monumento.

Nas últimas semanas, várias associações judaicas da Hungria mostraram seu mal-estar com o governo sobre a lembrança do 70º aniversário do Holocausto na Hungria ao entender que a estátua de homenagem às vítimas minimiza a responsabilidade do Estado húngaro nas deportações. Apesar dos atritos com o governo, o vice-primeiro-ministro húngaro, Zsolt Semjén, participou do ato de hoje.

Por sua vez, o embaixador de Israel em Budapeste, Ilan Mor, lembrou em discurso pronunciado perante os congregados o alarmante aumento do anti-semitismo na Europa.

"Lutar contra o anti-judaísmo é uma tarefa que está nas mãos dos governos, embora nem sempre se produzam as "reações adequadas", disse o diplomata israelense.

Em março de 1944, o exército nazista ocupou a Hungria. Em maio do mesmo ano começaram as deportações de mais de 400 mil judeus húngaros aos campos de extermínio, principalmente Auschwitz e Buchenwald. As forças ocupantes contaram com o apoio de seus aliados húngaros do movimento do Partido da Cruz Flechada, no governo desde outubro de 1944.

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Budapeste - Em meio a uma disputa com o governo, a comunidade judaica da Hungria lembrou nesta quarta-feira o 70º aniversário do começo das deportações nazistas que causaram a morte de quase meio milhão de judeus húngaros entre 1944 e 1945.

Centenas de pessoas participaram da cerimônia solene na praça diante da grande sinagoga da rua Dohány na capital húngara, a segunda maior do mundo.

Gusztáv Zoltai, diretor da Mazsihisz, a principal organização judaica do país, criticou duramente o governo nacionalista húngaro por seus planos de levantar uma estátua no centro de Budapeste que lembra a ocupação nazista, mas deixa de lado a colaboração dos húngaros com os alemães.

Segundo Zoltai, um sobrevivente do Holocausto, a ocupação nazista na Hungria foi bem mais um ato de "ajuda entre companheiros" que um acontecimento apto para ser lembrado com um monumento.

Nas últimas semanas, várias associações judaicas da Hungria mostraram seu mal-estar com o governo sobre a lembrança do 70º aniversário do Holocausto na Hungria ao entender que a estátua de homenagem às vítimas minimiza a responsabilidade do Estado húngaro nas deportações. Apesar dos atritos com o governo, o vice-primeiro-ministro húngaro, Zsolt Semjén, participou do ato de hoje.

Por sua vez, o embaixador de Israel em Budapeste, Ilan Mor, lembrou em discurso pronunciado perante os congregados o alarmante aumento do anti-semitismo na Europa.

"Lutar contra o anti-judaísmo é uma tarefa que está nas mãos dos governos, embora nem sempre se produzam as "reações adequadas", disse o diplomata israelense.

Em março de 1944, o exército nazista ocupou a Hungria. Em maio do mesmo ano começaram as deportações de mais de 400 mil judeus húngaros aos campos de extermínio, principalmente Auschwitz e Buchenwald. As forças ocupantes contaram com o apoio de seus aliados húngaros do movimento do Partido da Cruz Flechada, no governo desde outubro de 1944.

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