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Da Redação
Publicado em 7 de março de 2011 às 15h32.
De acordo com a avaliação de analistas do JP Morgan Chase, o HSBC é o banco mais exposto ao risco de ter perdas com a atual situação de crise em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O banco, segundo o JPMorgan, concedeu 17 bilhões de dólares em empréstimos em 2008.
Outro banco que também deve ter problemas é o Royal Bank of Scotland (RBS), a instituição que mais subscreveu empréstimos ao Dubai World, consórcio financeiro que atua em diversos setores, entre eles o imobiliário, e que tem procurado renegociar o pagamento de suas dívidas. O consórcio chegou a declarar que pretende solicitar a seus clientes a moratória de suas dívidas até março do ano que vem.
A situação também deve se complicar para o banco Standard Chartered, sediado em Londres. O Dubai World, após tomar mais de 70 empréstimos, adquiriu diversos ativos, dentre eles participações no casino MGM Mirage, nos Estados Unidos, e no banco britânico.
Ações
Tanto a turbulência em Dubai como as notícias da exposição do HSBC fizeram os papéis da companhia cair 7,6% na bolsa de Honk Kong. É a maior queda desde março deste ano.
Um analista do Goldman Sachs, Roy Ramos, estimou que as perdas potenciais de crédito do HSBC relacionadas com os Emirados Árabes pode chegar a 611 milhões de dólares. Ainda assim, segundo Ramos, o impacto sobre o banco deve ser “gerenciável”.
Segundo a Bloomberg, os bancos RBS e Standard Chartered também tiveram perdas em função das notícias vindas de Dubai. Na quinta-feira (26/11), as ações dos bancos caíram 7,8% e 5,8%, respectivamente, na bolsa de Londres.
Procurado pelo Portal Exame, o HSBC, através de sua asessoria de imprensa, informou ainda não haver posicionamento oficial do banco sobre o assunto.