Quem é o homem por trás do massacre a tiros em jornal nos EUA
Homem armado atacou uma redação de jornal no Estado norte-americano de Maryland, deixando ao menos 5 mortos
Reuters
Publicado em 29 de junho de 2018 às 09h13.
Última atualização em 29 de junho de 2018 às 10h43.
Annapolis, Maryland - O homem armado que atacou uma redação de jornal no Estado norte-americano de Maryland deixando ao menos 5 mortos, em um dos ataques mais letais contra jornalistas na história dos Estados Unidos , foi indiciado por homicídio nesta sexta-feira, relatou o grupo jornalístico alvo do ataque.
Jarrod Ramos, de 38 anos, enfrenta cinco acusações de homicídio qualificado no tribunal criminal do distrito de Anne Arundel, onde uma audiência de fiança deve ser realizada ainda nesta sexta-feira, relatou o grupo jornalístico The Capital Gazette em seu site.
A polícia não havia divulgado o nome do suspeito, mas registros jurídicos online indicavam um homem de mesmo nome indiciado por cinco homicídios nesta sexta-feira.
Ramos é acusado de entrar no escritório do grupo jornalístico Capital Gazette na tarde de quinta-feira e disparar por uma porta de vidro atirando contra a redação.
Rob Hiaasen, de 59 anos, Wendi Winters, de 65, Rebecca Smith, de 34, Gerald Fischman, de 61, e John McNamara foram mortos a tiros, disse o chefe de polícia interino do departamento de polícia do distrito de Anne Arundel, William Krampf, em coletiva de imprensa.
Rebecca Smith era assistente de vendas e os outros eram jornalistas, acrescentou.
O jornal The Capital, parte do grupo Gazette, publicou uma edição nesta sexta-feira com fotos de cada uma das vítimas com a manchete "5 mortos no The Capital" em letras grandes na primeira página.
Em 2012, Ramos entrou com um processo de difamação contra Eric Hartley, ex-jornalista e colunista do grupo Capital Gazette, e contra Thomas Marquardt, então editor do grupo, de acordo com documento judicial.
Ainda segundo documento, uma reportagem afirmava que Ramos havia assediado uma mulher pelo Facebook e se declarado culpado de assédio.
O tribunal decidiu que o conteúdo do artigo era verdadeiro e baseado em registros públicos, segundo o documento, e em 2015 uma corte superior de Maryland confirmou a decisão rejeitando o recurso de Ramos.