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Hollande faz apelo por coalizão única na Síria após ataques

François Hollande fez um apelo por uma coalizão única incluindo os Estados Unidos e a Rússia para erradicar os militantes do Estado Islâmico da Síria

O presidente francês Fraçois Hollande: "a França está em guerra" (Philippe Wojazer/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 16h00.

Versailles - O presidente da França, François Hollande , fez um apelo nesta segunda-feira por uma coalizão única incluindo os Estados Unidos e a Rússia para erradicar os militantes do Estado Islâmico da Síria, após os ataques em Paris que deixaram ao menos 129 mortos.

Em um discurso solene durante sessão conjunta do Parlamento no Palácio de Versalhes, que começou com as palavras "A França está em guerra", Hollande anunciou um aumento no recrutamento da polícia, a suspensão de licenças no Exército e uma emenda constitucional para fortalecer a luta contra o terrorismo.

Os ataques de homens armados e suicidas em restaurantes, bares, um estádio de futebol e uma casa de espetáculos, que mataram 129 pessoas e feriram mais de 350, foram ordenados da Síria, planejados na Bélgica e realizados com a ajuda de franceses, disse Hollande.

Hollande afirmou ainda que vai se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington, e o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, nos próximos dias, "para que possamos unir nossas forças para alcançar um resultado que tem levado muito tempo".

Enquanto o presidente sírio, Bashar al-Assad, não pode ser parte da solução para a crise, "nosso inimigo é o Daesh (Estado Islâmico)", disse Hollande, ao insistir que a França está lutando contra o terrorismo, e não contra uma outra civilização.

"Nós iremos erradicar o terrorismo", afirmou no final de um discurso de 50 minutos. Parlamentares de todos os partidos aplaudiram o presidente de pé e cantaram a "Marseillaise".

O presidente socialista disse que ordenou ataques aéreos contra a sede do Estado Islâmico na cidade síria de Raqqa durante a noite, e que vai continuar a travar uma guerra "sem piedade", enviando um porta-aviões para triplicar o poder aéreo francês na região.

Hollande citou uma cláusula de defesa mútua do Tratado de Lisboa da União Europeia, que requer que os Estados-membros deem assistência uns aos outros se estiverem sob ataque, mas não fez menção à cláusula de defesa mútua da Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

Ele disse que as forças de segurança colocaram mais de 100 pessoas em prisão domiciliar e invadiram 168 instalações desde que foi declarado estado de emergência, que o presidente pediu ao Parlamento para prorrogar por três meses.

Ele também propôs medidas para acelerar a expulsão de estrangeiros considerados uma ameaça à ordem pública, retirar a dupla cidadania de cidadãos que realizam atos hostis à segurança nacional, e impedir cidadãos com dupla cidadania considerados uma ameaça de terrorismo de entrarem em território francês.

Essa foi a primeira vez em mais de seis anos que um presidente se dirigiu às duas casas do Parlamento em um chamado Congresso de Versalhes, um procedimento reservado para revisões constitucionais e grandes discursos presidenciais.

No pronunciamento anterior, o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy se dirigiu ao Congresso no antigo palácio real em 2009, no auge da crise financeira e bancária global.

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Versailles - O presidente da França, François Hollande , fez um apelo nesta segunda-feira por uma coalizão única incluindo os Estados Unidos e a Rússia para erradicar os militantes do Estado Islâmico da Síria, após os ataques em Paris que deixaram ao menos 129 mortos.

Em um discurso solene durante sessão conjunta do Parlamento no Palácio de Versalhes, que começou com as palavras "A França está em guerra", Hollande anunciou um aumento no recrutamento da polícia, a suspensão de licenças no Exército e uma emenda constitucional para fortalecer a luta contra o terrorismo.

Os ataques de homens armados e suicidas em restaurantes, bares, um estádio de futebol e uma casa de espetáculos, que mataram 129 pessoas e feriram mais de 350, foram ordenados da Síria, planejados na Bélgica e realizados com a ajuda de franceses, disse Hollande.

Hollande afirmou ainda que vai se encontrar com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington, e o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, nos próximos dias, "para que possamos unir nossas forças para alcançar um resultado que tem levado muito tempo".

Enquanto o presidente sírio, Bashar al-Assad, não pode ser parte da solução para a crise, "nosso inimigo é o Daesh (Estado Islâmico)", disse Hollande, ao insistir que a França está lutando contra o terrorismo, e não contra uma outra civilização.

"Nós iremos erradicar o terrorismo", afirmou no final de um discurso de 50 minutos. Parlamentares de todos os partidos aplaudiram o presidente de pé e cantaram a "Marseillaise".

O presidente socialista disse que ordenou ataques aéreos contra a sede do Estado Islâmico na cidade síria de Raqqa durante a noite, e que vai continuar a travar uma guerra "sem piedade", enviando um porta-aviões para triplicar o poder aéreo francês na região.

Hollande citou uma cláusula de defesa mútua do Tratado de Lisboa da União Europeia, que requer que os Estados-membros deem assistência uns aos outros se estiverem sob ataque, mas não fez menção à cláusula de defesa mútua da Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos.

Ele disse que as forças de segurança colocaram mais de 100 pessoas em prisão domiciliar e invadiram 168 instalações desde que foi declarado estado de emergência, que o presidente pediu ao Parlamento para prorrogar por três meses.

Ele também propôs medidas para acelerar a expulsão de estrangeiros considerados uma ameaça à ordem pública, retirar a dupla cidadania de cidadãos que realizam atos hostis à segurança nacional, e impedir cidadãos com dupla cidadania considerados uma ameaça de terrorismo de entrarem em território francês.

Essa foi a primeira vez em mais de seis anos que um presidente se dirigiu às duas casas do Parlamento em um chamado Congresso de Versalhes, um procedimento reservado para revisões constitucionais e grandes discursos presidenciais.

No pronunciamento anterior, o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy se dirigiu ao Congresso no antigo palácio real em 2009, no auge da crise financeira e bancária global.

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