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"Hitler teria amado as redes sociais", diz o CEO da Disney

Bob Iger, diretor do grupo, fez um chamado aos líderes políticos dos Estados Unidos para um debate sem ataques e a cultura do ódio

Adolf Hitler em meio ao exército alemão em 1936: diretor executivo disse que as redes "são a ferramenta de marketing mais poderosa que um extremista pode desejar" (Central Press/Hulton Archive/Getty Images)
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AFP

Publicado em 11 de abril de 2019 às 22h27.

O diretor do grupo Walt Disney, Bob Iger, fez um chamado aos líderes políticos dos Estados Unidos a romper com a cultura da divisão e desprezo.

"O ódio e a ira estão nos arrastrando para um abismo (...) A política, em particular, está dominada pelo desprezo", declarou o executivo durante um jantar nesta quarta-feira organizado pelo centro Simon Wiesenthal, que monitora atividades antissemitas no mundo.

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"Hitler teria amado as redes sociais. É a ferramenta de marketing mais poderosa que um extremista pode desejar", continuou.

"As redes sociais refletem uma visão de mundo estreita do mundo -filtrando qualquer coisa que desafie nossas crenças- e constantemente validamos nossas convicções e amplificando nossos medos mais profundos".

O diretor-executivo da principal companhia de entretenimento do mundo ressaltou que "as notícias nas redes podem conter tanta ficção como fatos, propagando ideologias vis que não tem cabimento numa sociedade civilizada" e permitindo que "o mal se aproveite das mentes perturbadas e das almas perdidas".

Iger ainda pediu para "renunciar e rechaçar de uma vez o ódio em todas suas formas com a mesma convicção que tivemos durante a Segunda Guerra Mundial" e isso inclui bloquear "a cultura do desprezo que nos impede debater e discutir".

"É possível ter um debate político sem atacar às pessoa", declarou o executivo, que considerou que os cidadãos devem ser "mais exigentes" com os políticos, principalmente perto das eleições presidenciais de 2020, nas quais o presidente D onald Trump , um ávido usuário do Twitter, busca a reeleição.

"Quero ouvir um discurso que não esteja baseado no desprezo aos outros, quero ter uma visão suficientemente grande que inclua todos, quero que me inspirem", acrescentou. "Podemos fazer melhor".

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