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Hiroshima lembra 66º aniversário de bomba atômica à sombra de Fukushima

Um cerimônia foi realizada no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde está a famosa cúpula que ficou de pé após a tragédia

Aniversário do ataque com a bomba foi marcado pela crise na central de Fukushima (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 22h28.

Hiroshima - Hiroshima lembrou nesta sexta-feira os 66 anos do lançamento da bomba atômica sobre a cidade, em um aniversário marcado pela crise na central de Fukushima, com uma chamada ao desarmamento e à revisão da política nuclear do Japão.

Às 8h15 hora local (20h15 do horário de Brasília da sexta-feira), um minuto de silêncio e várias badaladas lembraram o momento em que a primeira bomba atômica caiu sobre a cidade, três dias antes de uma segunda bomba fosse lançada sobre Nagasaki.

Calcula-se que no fim de 1945 cerca de 140 mil pessoas morreram em Hiroshima e cerca de 74 mil em Nagasaki após o ataque nuclear, que levou à rendição do Japão em 15 de agosto desse ano e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Na cerimônia, que contou com cerca de 53 mil pessoas presentes, incluindo representantes de 66 países, entre eles EUA, que pelo segundo ano consecutivo, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, citou testemunhos de sobreviventes da bomba, os quais, disse, conseguiram com ajuda de outros reconstruir a cidade, e hoje continuam buscando a paz "em um mundo sem armas nucleares".

Matsui, filho de um sobrevivente do bombardeio, expressou a necessidade que o mundo aprenda com eles e que passem adiante estas doutrinas às gerações futuras.

Por ocasião da crise nuclear em Fukushima, o prefeito disse que o Governo japonês deveria assumir a confiança dos japoneses a respeito da energia nuclear e que, por isso, deveria revisar urgentemente suas políticas energéticas e estabelecer medidas concretas para "recuperar a confiança das pessoas".

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naoto Kan, se comprometeu em seu discurso a seguir trabalhando para a abolição das armas nucleares e para reduzir a dependência do Japão da energia nuclear depois da crise em Fukushima pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Kan assegurou que o Japão, além de seguir tentando liderar os debates globais para conseguir o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares, tratará de criar uma "sociedade que não dependa da geração de energia nuclear".

Trata-se da primeira ocasião na qual a declaração da paz que faz anualmente Hiroshima, que normalmente se centra na eliminação das armas atômicas, se refere à questão da energia nuclear desde o acidente de Chernobyl, em 1986.

A cerimônia foi realizada no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde está a famosa cúpula que ficou de pé após a tragédia e que se preservou como símbolo da devastação causada pela bomba.

Ali se prestaram homenagens às vítimas da bomba, ao tempo que também serviu de ponto de encontro para ativistas antinucleares que reivindicavam o fechamento das centrais de energia atômica.

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Hiroshima - Hiroshima lembrou nesta sexta-feira os 66 anos do lançamento da bomba atômica sobre a cidade, em um aniversário marcado pela crise na central de Fukushima, com uma chamada ao desarmamento e à revisão da política nuclear do Japão.

Às 8h15 hora local (20h15 do horário de Brasília da sexta-feira), um minuto de silêncio e várias badaladas lembraram o momento em que a primeira bomba atômica caiu sobre a cidade, três dias antes de uma segunda bomba fosse lançada sobre Nagasaki.

Calcula-se que no fim de 1945 cerca de 140 mil pessoas morreram em Hiroshima e cerca de 74 mil em Nagasaki após o ataque nuclear, que levou à rendição do Japão em 15 de agosto desse ano e ao fim da Segunda Guerra Mundial.

Na cerimônia, que contou com cerca de 53 mil pessoas presentes, incluindo representantes de 66 países, entre eles EUA, que pelo segundo ano consecutivo, o prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, citou testemunhos de sobreviventes da bomba, os quais, disse, conseguiram com ajuda de outros reconstruir a cidade, e hoje continuam buscando a paz "em um mundo sem armas nucleares".

Matsui, filho de um sobrevivente do bombardeio, expressou a necessidade que o mundo aprenda com eles e que passem adiante estas doutrinas às gerações futuras.

Por ocasião da crise nuclear em Fukushima, o prefeito disse que o Governo japonês deveria assumir a confiança dos japoneses a respeito da energia nuclear e que, por isso, deveria revisar urgentemente suas políticas energéticas e estabelecer medidas concretas para "recuperar a confiança das pessoas".

Por sua vez, o primeiro-ministro, Naoto Kan, se comprometeu em seu discurso a seguir trabalhando para a abolição das armas nucleares e para reduzir a dependência do Japão da energia nuclear depois da crise em Fukushima pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Kan assegurou que o Japão, além de seguir tentando liderar os debates globais para conseguir o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares, tratará de criar uma "sociedade que não dependa da geração de energia nuclear".

Trata-se da primeira ocasião na qual a declaração da paz que faz anualmente Hiroshima, que normalmente se centra na eliminação das armas atômicas, se refere à questão da energia nuclear desde o acidente de Chernobyl, em 1986.

A cerimônia foi realizada no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, onde está a famosa cúpula que ficou de pé após a tragédia e que se preservou como símbolo da devastação causada pela bomba.

Ali se prestaram homenagens às vítimas da bomba, ao tempo que também serviu de ponto de encontro para ativistas antinucleares que reivindicavam o fechamento das centrais de energia atômica.

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