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Guerrilheiros decidem entregar armas na Colômbia

Nos últimos meses, o ELN reiterou sua vontade de estabelecer um processo de negociação com o governo da Colômbia para acabar com o conflito armado

Membros da guerrilha do ELN: o governo colombiano também expressou o desejo de criar uma mesa de negociação com o ELN, mas, antes, exigiu a entrega dos sequestrados como condição. (AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 15h40.

Bogotá - Uma estrutura do Exército de Libertação Nacional (ELN) composta por cerca de 30 guerrilheiros se desmobilizou no departamento de Valle del Cauca, no sudoeste da Colômbia , informou nesta terça-feira o presidente do país, Juan Manuel Santos.

"Trinta membros do ELN se entregaram com seu armamento. É um grande passo na busca da paz", considerou o presidente antes de acrescentar que o fato "quer dizer que a organização está se desfazendo".

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No ato comemorativo do bicentenário do departamento de Cundinamarca, do qual Bogotá é Distrito Federal, Santos disse que a desmobilização aconteceu nas últimas horas, sem dar mais detalhes.

Nos últimos meses, o ELN reiterou sua vontade de estabelecer um processo de negociação com o governo da Colômbia para acabar com o conflito armado, processo que o executivo do país começou em Havana há mais de sete meses com a principal guerrilha, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O governo colombiano também expressou o desejo de criar uma mesa de negociação com o ELN, mas, antes, exigiu a entrega dos sequestrados como condição. Na quinta-feira, dia 4, a guerrilha correspondeu com a entrega do cabo do exército Carlos Fabián Huertas.

No entanto, o líder do grupo rebelde, Nicolás Rodríguez Bautista, conhecido como "Gabino", rejeitou publicamente que um eventual diálogo seja condicionado.

Por enquanto, não se sabe o alcance desses possíveis diálogos entre o governo e a segunda guerrilha do país, que recentemente completou 49 anos de luta armada e, segundo as autoridades, tem 1.500 integrantes.

Santos insistiu, durante seu discurso, na necessidade de buscar a paz em seu país porque o conflito de quase meio século de duração foi "um dos grandes obstáculos para garantir direitos a todos os colombianos".

"Continuamos avançando, seja com tempestades, seja com furacões", acrescentou ao considerar que seu governo segue "um bom caminho" na busca da paz.

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