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Guaidó assina "decreto presidencial" para abrir a fronteira com o Brasil

O opositor exige a passagem da estrutura de ajuda humanitária. Recentemente, Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira

Juan Guaidó: o autoproclamado presidente em exercício da Venezuela (Boris Vergara/Getty Images)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 09h55.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 09h59.

Caracas - O líder do parlamento da Venezuela , Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício do país, exigiu nesta quinta-feira a abertura a fronteira com o Brasil, depois que o presidente Nicolás Maduro decretou seu fechamento.

Em um "decreto presidencial" compartilhado na sua conta do Twitter, Guaidó diz que ordena "aos órgãos do poder público responsáveis (...) que mantenham aberta a fronteira com o país irmão da República Federativa do Brasil".

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Além disso, indicou que reitera a disposição da Venezuela "a manter as relações diplomáticas, consulares e de toda ordem com as autoridades das ilhas de Aruba, Curaçao e Bonaire, assim como com as correspondentes autoridades do Reino dos Países Baixos", cuja situação foi colocada "sob revisão" por Maduro.

Guaidó afirmou que seu decreto se sustenta no exercício de funções como presidente em exercício do país, após proclamar-se como tal em janeiro por considerar Maduro ilegítimo ao ter conquistado seu segundo mandato em eleições tachadas de fraudulentas.

O governante Nicolás Maduro tinha ordenado o fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 20h de hoje (21h de Brasília) e até novo aviso, em um momento no qual a oposição pressiona pela entrada da ajuda humanitária que está sendo armazenada em Roraima, assim como na Colômbia e em Curaçao.

Além disso, ontem o governo de Maduro anunciou que se viu "forçado" a pôr "sob revisão" suas relações diplomáticas com Bonaire, Aruba e Curaçao, três territórios que fazem parte dos Países Baixos.

Esta medida se seguiu ao fechamento das comunicações aéreas e marítimas com estes três territórios, e que foi informada na terça-feira pela agência estatal de notícias "AVN".

A crise política venezuelana se acentuou em janeiro, quando Maduro assumiu um novo mandato de seis anos cuja legitimidade não é reconhecida pela oposição e parte da comunidade internacional, e após a autoproclamação como presidente do líder opositor.

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